Por: Cláudia Chaves | Especial para o Correio da Manhã

Ecos da arte de hoje

As obras dos artistas da exposição 'Contratempo' representam tendências da contemporaneidade da linguagem artística | Foto: Divulgação

Há, hoje, vozes diferenciadas em tudo que se fala. Existe um mundo além do Instagram, do Tik Tok, também na chamada esfera social, mas longe das redes, no contato visual direto, da emoção à flor da pele, da troca individual, mas de igual importância. Algo que podemos perceber que museus, galerias e centros colocam ao nosso dispor.

As exposições que, de forma generalizada, chamamos de arte nos relacionam a culturas, ideias, territórios que nos proporcionam prazer e inspiração. São nessas oportunidades que podemos pensar livremente, trocar ideias e levantar questões e questões. Nesse contexto, o sociólogo Pierre Bourdieu, demonstra como podemos referir-nos não só ao capital econômico, mas também ao capital social e cultural.

Nessa perspectiva, a Casa Museu Eva Klabin, na Lagoa, inaugura a exposição "Contratempo" que tem como proposta a imersão no tempo sob a ótica de cinco artistas contemporâneos, indo além da simples contemplação artística.

Em uma série de conversas mediadas pelo curador do projeto, Lucas Albuquerque, especialistas de áreas correlatas às artes, como física, geologia, história e filosofia, serão convidados a compartilhar suas percepções sobre o tempo junto aos artistas participantes.

Os cinco artistas representam as tendências da contemporaneidade: figurativo, abstrato, instalações, obras que misturam técnicas. No segundo andar da Casa Museu estão obras significativas da produção recente dos artistas participantes e que estarão presentes nas discussões: André Griffo, Diambe, Leila Danziger, Gilson Plano e Vivian Caccuri.

O curador Lucas Albuquerque destaca a importância de repensar as narrativas do tempo em um mundo complexo e em constante transformação. "Frente a esse desafio, o programa Contratempo realiza uma fissura no percurso histórico conservado pela casa, convidando artistas e pensadores para abrir, ou mesmo inventar, outros tempos que formam o contemporâneo. Se hoje entendemos que a perspectiva de um tempo único e linear é uma ficção, projetos como esse repensam o lugar dos museus que conservam e escrevem tais narrativas", explica.

O resultado desse conjunto de diálogos será registrado em uma publicação colaborativa, a ser lançada ao término do projeto, compilando a transcrição das conversas, textos dos convidados e contribuições do público. O objetivo é aprofundar o entendimento dos quase 50 séculos de história que compõem o acervo da Casa Museu Eva Klabin.

SERVIÇO

CONTRATEMPO

Casa Eva Klabin (Av. Epitácio Pessoa, 2480 - Lagoa)

Até 31/3, de quarta a domingo (14h às 18h)

Entrada franca

 

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