Avaliando o tom emotivo do longa, construído a partir do livro "Mussum forévis: Samba, mé e Trapalhões", de Juliano Barreto, Silvio Guindane aposta na importância que Mussum dava à sua mãe, Dona Malvina. Cacau Protásio vive Malvina nas fases em que Antônio Carlos é garoto (Thawan Lucas) e jovem (Yuri Marçal).
É o momento em que acompanhamos sua fase com os Originais do Samba, na voz e no reco-reco, na formação inicial do grupo, com Bide (cuíca), Chiquinho (ganzá), Lelei (tamborim), Rubão (surdo), Bigode (pandeiro) e Branca de Neve (violão).
Buscadores na internet, em qualquer triagem sobre a trajetória do grupo, falam de parceria com Elis, com Benjor e com Elza Soares.
A cena que o Correio da Manhã acompanhou, no Carlos Gomes, era uma conversa de camarim dos Originais ao fim de um show dessa diva, que acaba de nos deixar. Mas há uma canção deles que se destaca em qualquer pesquisa, à qual Mussum se referia como "a do feijão": "Esperanças Perdidas", de Davi Moreira Da Silva e Nelson Custodio Maria, na qual se ouve: "Quantas belezas deixadas nos cantos da vida/ Que ninguém quer e nem mesmo procura encontrar/ E quantos sonhos se tornam esperanças perdidas/ Que alguém deixou morrer sem nem mesmo tentar/ Minha beleza encontro no samba que faço/ Minha tristeza se torna um alegre cantar/ É que carrego o samba bem dentro do peito/ Sem a cadência do samba não posso ficar/ Não posso ficar, eu juro que não/ Não posso ficar, eu tenho razão/ Já fui batizado na roda de bamba/ O samba é a corda, eu sou a caçamba".
Vai ter Trapalhões no filme, sim, com o cearense Gero Camilo no papel de Renato Aragão, dando um recorte amplo da história de Antônio Carlos.