Por:

Back2Black consagra as matrizes africanas

Festival deste ano celebra os 60 anos do Dia da África | Foto: Divulgação

Por Cláudia Chaves
Especial para o Correio da Manhã

Comemorando os 60 anos do Dia da África, de 25 a 28 de maio, com o centro das atividades acontecendo no Armazém da Utopia, acontece o Festival Back2Black. O evento apresenta música, palestras, arte contemporânea, fotografia, teatro, moda, dança, literatura, rodas de conversa e gastronomia.

No dia 25 de maio, acontece a série de conferências Pret'Utopias, que tem curadoria dos escritores angolanos José Eduardo Agualusa e Kalaf Epalanga. Nesse dia, também marcará presença a niigeriana Tiwa Savage, primeira africana a se apresentar em uma coroação , no dia 6 de maio na cerimonica do Rei Charlles III.

O Designer e documentarista, Marcello Dantas assina a 11ª edição do Back2Black Festival e expõe AFRORESCER, no Armazém da Utopia. A mostra artística traz uma África Contemporânea que "vestirá" o festival com sucatas e uma camada digital de circuitos impressos em espelhos. De acordo com Marcello, a criação é para refletir as Áfricas latentes entre nós:

Antenado, o Back2Black traz ao Brasil, de forma inédita dentre os festivais do país, as novas sonoridades festivas que estão influenciando a música pop: os afrobeats (ou afropop), uma gama de ritmos eletrônicos diversos criados nas década de 2000 e 2010 que têm, em sua essência, batidas de matrizes africanas; e amapiano, ritmo eletrônico que, hoje, é considerado o "novo deep house" após balançar massivamente as pistas, e os quadris, na África e na Europa.Se quando o festival começou, em 2009, a música africana era apenas um nicho do eurocêntrico rótulo "world music", agora, ela pertence ao mainstream lotando estádios e circulando pelos grandes festivais e festas das grandes metrópoles.

continua na página 2