Júlio Lopes reafirma apoio ao projeto da usina Angra 3
Declaração é dada em feira de negócios e tecnologia do setor nuclear
Com discussões sobre o crescimento da cadeia produtiva nuclear brasileira e o contexto da fonte dentro do sistema elétrico, a Eletronuclear encerrou sua participação em mais uma edição da Nuclear Trade and Technology Exchange (NT2E), a maior feira de negócios e tecnologia do setor nuclear da América Latina, realizada entre os dias 20 e 22 de maio.
O evento organizado pela Associação Brasileira para Desenvolvimento de Atividades Nucleares (Abdan) reuniu especialistas, autoridades e empresas relevantes no cenário nacional e internacional, resultando em debates profundos sobre o futuro do setor em território nacional.
O chefe de gabinete da Presidência da Eletronuclear, André Osório, mencionou a oportunidade de diálogo gerada pela NT2E. "É um evento muito importante, com quase 3.500 participantes, de 52 países, que trata de tecnologia, negócios e marca a integração do setor para viabilizar grandes empreendimentos. Isso mostra que o nuclear está vivo e em desenvolvimento", destaca.
Uma das autoridades presentes, o deputado federal Julio Lopes, presidente da Frente Parlamentar Mista da Tecnologia e Atividades Nucleares, ao reafirmar o apoio para a conclusão das obras de Angra 3, pontuou o impacto que o empreendimento terá no Estado do Rio e fez um alerta para as oportunidades de mercado a partir da expansão de novas tecnologias.
"Nós temos um dos maiores e melhores sistemas globais de energia, mas ele precisa da complementação nuclear, da energia firme que gera cerca de 85% de fator potência. Essa é a grande contribuição de Angra 3. O Rio de Janeiro passará a ser exportador de energia. As quatro maiores empresas do mundo estão fazendo o seu próprio projeto de reator nuclear porque é uma enorme oportunidade mercadológica para atender a inteligência artificial", frisou.
Em palestra realizada no terceiro dia de evento, o diretor de operações da Eletronuclear, Ricardo Pereira, valorizou a alta qualificação dos profissionais da área e conquistas importantes da companhia, como a renovação da licença de operação de Angra 1. Além disso, destacou a busca constante por excelência na operação das usinas, o trabalho de manutenção e conservação das obras de Angra 3, bem como os impactos que o empreendimento pode gerar na cadeia produtiva nacional.
No dia anterior, o diretor técnico da Eletronuclear, Sinval Gama, mediou um painel com representantes do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), da Framatome, da Associação Brasileira das Empresas Geradoras de Energia Elétrica (Abrage) e da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro.
Durante o debate, foi levantada a relevância do nuclear para o Sistema Interligado Nacional (SIN), com uma análise do contexto atual, a perspectiva de expansão de outras fontes e as possibilidades de contribuição do setor para garantir a estabilidade no fornecimento de energia para o país.