Siderúrgica tem mudança na diretoria executiva
Alexandre Lyra deixa cargo e Márcio Lins assume provisoriamente
A direção da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), do empresário Benjamin Steinbruch, sofreu mudança na diretoria Executiva. Sairá o engenheiro Alexandre Lyra e o também engenheiro Márcio Lins assumirá o cargo provisoriamente. Enéas Diniz, diretor executivo da CSN, supervisionará tanto a Siderurgia quanto a Mineração.
Em agosto do ano passado, o Grupo CSN passou por mudança, envolvendo Enéas Diniz, homem de confiança de Steinbruch. Na ocasião, ele deixou o cargo de diretor Superintendente da CSN Mineração para assumir a direção executiva da empresa. No seu lugar, entrou Carlos Rodrigues de Campos Mello Junior.
Ainda na CSN Mineração, foi mantido Pedro Barros Mercadante Oliva como diretor Financeiro e de Relações com Investidores. Ele é filho de Aloizio Mercadante, presidente do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social).
Integram ainda a CSN Mineração: Kan Bito, Diretor de Planejamento Estratégico; Otto Alexandre Levy Reis, Diretor de Investimentos; e Cláudio Musso Velloso, Diretor de Produção. Os integrantes foram eleitos pelo Conselho de Administração da CSN para o período de dois anos.
Carreira extensa
na usina
O engenheiro Márcio Lins tem uma longa carreira na Usina Presidente Vargas (UPV), em Volta Redonda, cidade escolhida por ele, há décadas, para residir. Já foi diretor interino de Siderurgia ainda em 2017, quando os moradores de Volta Redonda questionavam o problema da contaminação do solo no bairro Volta Grande, onde foi construído um conjunto residencial. Ele foi o elo de ligação, na época, entre a empresa e a comunidade.
O engenheiro, que é irmão do cantor, pianista, compositor Ivan Lins, comandou ainda a fábrica de cimentos, no interior da Usina Presidente Vargas. E mais: já nessa época Eneas Diniz era o braço direito de Steinbruch.
Mudança e poluição
A troca na diretoria ocorre em um momento que a empresa enfrenta movimentos como o "VR Abandonada" contra a poluição que toma conta do município. Nos últimos anos, pelo menos dois atos foram realizados em praça pública contra a poluição atmosférica emitida pela Siderúrgica no município.
A CSN se comprometeu, por meio de um TAC (Termo de Ajuste e Conduta), assinado em 2018, a adotar medidas para minimizar os impactos da poluição. Prometeu ainda instalar equipamentos modernos na Usina para reduzir o chamado "pó preto". O TAC venceu no ano passado e foi renovado, por meio de um acordo com o Inea ((Instituto Estadual do Ambiente). " aditamento do TAC inclui tanto a conclusão das ações pendentes quanto o pagamento de multas, que serão investidas em projetos ambientais em Volta Redonda", segundo informou o Inea.
-Dessa forma, não há necessidade de um novo TAC - diz o Inea, quando da assinatura do acordo.