Pesquisas do Cemaden (Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais) mostram que, nos últimos meses, o Brasil enfrenta a pior seca registrada no país desde 1950. Na região, a população de Volta Redonda ainda sofre com um agravante: a poluição que a CSN (Companhia Siderúrgica Nacional) despeja no município.
A emissão do chamado "pó preto" é alvo constante de críticas e movimentos dos moradores, que fazem protestos na tentativa de chamar a atenção das autoridades para o problema.
Liderado pelo 'Movimento Sul Fluminense Contra a Poluição', um novo ato para discutir a questão será realizado na Câmara Municipal, no dia 19 de setembro - mesmo dia em que acaba o prazo do Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) firmado em 2018 entre a CSN, a Secretaria de Estado do Ambiente e o Inea.
O TAC prevê justamente a adoção de medidas antipoluição para minimizar os impactos causados pela Siderúrgica no município. No entanto, moradores relatam que passados seis anos da assinatura do acordo, poucas melhorias foram sentidas no que diz respeito à redução da poluição do ar em Volta Redonda.
Os impactos na saúde
Somado à poluição do município, os alertas de tempo seco indicam que a umidade do ar está com variações abaixo do ideal estabelecido pela OMS (Organização Mundial da Saúde). Segundo o órgão, índices de umidade relativa do ar inferiores a 60% podem ser prejudiciais.
Durante os dias secos, o contágio de algumas doenças pode ser facilitado - em especial, o desenvolvimento de doenças respiratórias. A biomédica Patrícia Pacheco indica uma série de medidas para reduzir os impactos da baixa umidade do ar na saúde, ressaltando a necessidade de hidratação.
- Beber bastante água é essencial para manter o corpo e as membranas mucosas hidratados. Isso pode ajudar a evitar o ressecamento da pele, dos lábios e das vias respiratórias - explica.
O uso de umidificadores também é recomendado pela biomédica, que explica o potencial dos aparelhos para prevenir o ressecamento das mucosas nasais, ajudando a manter as vias respiratórias úmidas. Manter a higiene nasal também é considerado fundamental pela profissional.
- Além da lavagem nasal, é possível usar soluções salinas em formato de spray nasal para manter as vias nasais limpas e úmidas. Evitar o uso excessivo de descongestionantes nasais é importante, pois eles podem levar ao efeito rebote e piorar a congestão a longo prazo - alerta.
Patrícia também ressalta que, se possível, deve-se evitar a exposição a ambientes com poluição excessiva, como fumaça de cigarro, produtos químicos irritantes e poluentes atmosféricos. Esses fatores podem agravar problemas respiratórios e causar irritação nas vias aéreas.
A biomédica destaca que o consumo de alimentos nutritivos ajuda a fortalecer o sistema imunológico, mantendo a pele saudável e as vias respiratórias em boas condições.