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'Edimar fica': assembleia vota sim nas duas propostas

As votações aconteceram entre 06h e 17h30 desta última sexta-feira (03) | Foto: Divulgação

Por Ana Luiza Rossi

Como resultado da convocação da assembleia convocada pelo Sindicato dos Metalúrgicos do Sul Fluminense, que aconteceu nesta última sexta (03), os associados decidiram por revogar o remanejamento de cargos feitos na entidade por um grupo da diretoria, conhecido como G5, e manter o atual presidente da entidade, Edimar Miguel. Os metalúrgicos votaram favoráveis ainda para que Edimar fique exclusivamente no sindicato, sem fazer turnos no interior da Usina, como ocorre atualmente.

De acordo com a assessoria de imprensa de Edimar, foram 78 votos favoráveis para revogar a decisão de remanejamento e três votos contrários; já para manter o presidente em dedicação exclusiva, ficou em 85 votos favoráveis para 2 contrários. As votações aconteceram de 06h às 17h30, na Praça Juarez Antunes, na Vila Santa Cecília, em Volta Redonda.

Edimar, a partir de agora, deve assumir a presidência do sindicato de forma integral, segundo decisão da assembleia. Ele ainda não foi liberado pela Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) para exercer seu mandato no sindicato de forma integral sem precisar cumprir horário na usina, ainda segundo informações da assessoria.

O remanejamento

Um grupo de cinco diretores de oposição, chamados de 'G5', destituiu Edimar da presidência e fez novos remanejamentos de cargos. A reunião, que aconteceu em fevereiro, e decidiu que Edimar ocuparia a cadeira de diretor de organização de local de trabalho enquanto Odair Mariano, que ocupava a vice-presidência, ficaria como presidente.

O caso foi parar na justiça. Em abril, o Tribunal Regional do Trabalho (TRT) determinou a volta de Edimar à presidência. Na época, segundo diretor jurídico Leandro Vaz, que faz parte do G5, declarou, "a decisão foi precária e não havia julgado o mérito, recorrendo à decisão e aguardando a próxima audiência".

Outro remanejamento foi o de Alex Clemente, que havia deixado a diretoria de finanças para ocupar o cargo de diretor de comunicação, após ser acusado de realizar movimentações bancárias sem conhecimento da executiva. Na época, segundo o boletim do sindicato, foram 142 saques em espécie que totalizavam mais de R$ 670 mil.

Alex enviou ofício à diretoria pedindo uma reunião, para quarta-feira, dia 08, para apresentar uma prestação de contas de 2023. "Certo da minha idoneidade moral e confiante nas instâncias democráticas da nossa entidade, ressalto minha disposição em recorrer à esfera judicial para denunciar as calúnias e difamações em que fui vítima e exigir a necessária reparação por danos morais", disse.

O jornal fez contato com a assessoria do G5 e não obteve resposta.