Na segunda-feira (29), as prefeituras de Piraí e Valença, receberam a confirmação de casos de Febre Oropouche. Os resultados foram emitidos pelo Laboratório Central Noel Nutels (Lacen) e pelo laboratório de referência da Fiocruz, sinalizando a presença do vírus em pelo menos 6 pessoas nos municípios.
Em Piraí, cinco casos foram identificados, com registros entre os dias 9 e 18 de abril, distribuídos entre as unidades da Cacaria, com três ocorrências, e no Hospital Flávio Leal, com dois casos. A secretária municipal de Saúde, Giane Gioia, declarou que todos os casos serão minuciosamente investigados pela Vigilância Epidemiológica.
Já em Valença, apenas um caso foi confirmado, também ocorrendo entre o período de análise. A paciente, uma mulher de 24 anos moradora do bairro Torres Homem, havia viajado para Viçosa, em Minas Gerais.
Baixa letalidade
A Secretária de Saúde do Estado, Claudia Mello, alertou que o vírus da Febre Oropouche é endêmico na região amazônica, apresentando períodos de surto com baixa letalidade. "A orientação que vamos passar aos municípios é de que mantenham a conduta médica feita nos casos de suspeita de dengue", disse.
A febre Oropouche é provocada por um vírus, isolado pela primeira vez no Brasil em 1960, transmitido por mosquitos e pode circular em ambientes silvestres e urbanos.
Os sintomas são parecidos com os da dengue. Duram de dois a sete dias e podem incluir febre, dor de cabeça intensa, dor nas costas, lombar e dor articular. Também pode haver tosse, tontura, dor atrás dos olhos, erupções cutâneas, calafrios, fotofobia, náuseas e vômitos. Não existe tratamento específico e, por isso, os pacientes devem permanecer em repouso, com acompanhamento médico.
Japeri e o Rio também tiveram casos de Febre Oropouche. A Secretaria de Estado de Saúde investiga os casos para saber a origem da transmissão, se é autóctone (transmissão local) ou importada (transmissão ocorrida em outro território).
*Com informações da Agência Brasil
