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Professores de Angra dos Reis pedem por garantia de direitos

Manifestação foi formada por professores de nível 1 | Foto: Divulgação

Por Lanna Silveira

Os professores da rede municipal de Angra dos Reis fizeram uma manifestação na noite da última quarta-feira (17) para pedir que o prefeito, Fernando Jordão, implemente a 'Meta 17' do Plano Municipal de Educação (PME).

As reivindicações da categoria citam, especialmente, as estratégias 17.7 e 17.4; a primeira afirma que todo professor de nível 1 deve receber um salário mínimo equivalente aos profissionais de nível técnico, e a última diz que o docente de nível 1 com formação em nível superior deve receber o mesmo salário do docente de nível 2.

De forma geral, a Meta 17 busca a valorização dos profissionais do magistério das redes públicas, garantindo boas condições de trabalho, autonomia pedagógica e equiparação de rendimentos em relação aos demais profissionais públicos com escolaridades equivalentes.

A insatisfação dos professores é motivada pelo descumprimento dessas determinações, que foram estabelecidas em 2015 e têm validade até o fim deste ano.

Segundo a professora Cristiane Inoue, líder do movimento, este é o segundo protesto organizado pela categoria durante os quase dez anos de espera pelo cumprimento do PME. A profissional destaca que ambos os atos se trataram de caminhadas pacíficas, que não devem ser vistas como um ataque ao governo, mas sim como uma tentativa de trazer visibilidade aos direitos dos professores.

Cristiane afirma que nota interesse do Poder Público em cumprir com a Meta 17, afirmando que a categoria já está em diálogo com a Secretaria de Educação e que um grupo de trabalho foi criado oficialmente para estudar a viabilidade de sua implementação. Entretanto, nenhuma garantia foi oferecida ao grupo. "O secretário ficou responsável por buscar os dados do impacto financeiro em fevereiro. Porém, já estamos em abril e nada de concreto aconteceu", acrescenta.

Os professores docentes 1 da cidade se preocupam com a demora dessas resoluções e temem que as decisões não sejam feitas a tempo, visto que esse é o último ano de validade do PME.

O Correio Sul Fluminense entrou em contato com a Prefeitura de Angra dos Reis para questionar sobre o atraso na implementação da Meta 17 e quais serão os próximos passos do poder público para garantir que o PME seja cumprido antes do fim do ano. Não houve retorno até o fechamento dessa edição.

*Estagiária