Sônia Paes
A bancada do PP na Câmara de Volta Redonda passou a ser a maior da Casa, seguida pela do PL, após as trocas de partidos concretizadas, na semana passada, quando encerrou o prazo da janela partidária. O Republicanos, que tinha apenas um vereador, passou a ter dois, assim como o MDB e o União Brasil, cada legenda com dois vereadores depois da mudança.
A dança das cadeiras no Legislativo mostrou a tendência do PP, do prefeito Antonio Francisco Neto, que disputará a reeleição, ao lado de seu atual vice-prefeito, o engenheiro Sebastião Faria, que engrossou as fileiras do PL. O ingresso de vereadores com igual poder de fogo nas urnas acabou gerando mal estar na hora de fechar as nominatas. Um deles foi o vereador Neném, que deixou o DEM e foi para o PP, partido que já abriga Francisco Novaes e passou a ter ainda Renan Cury e Vair Duré.
Neném não teria ficado satisfeito em ter outros nomes de peso na legenda do deputado federal, Dr. Luizinho, que aliás deu sinal verde para o seu colega Renan Cury. Neném teria cobrado de Neto, seu padrinho político, uma suposta promessa de que ele sairia sozinho pelo Progressistas. Reclamou, mas teve que aceitar.
Intrigas e poder
A revolta na montagem das nominatas dos partidos - uma grande e boa parte a cargo do prefeito Neto - foi gerada também pela inclusão de ex-vereadores que certamente irão entrar na corrida eleitoral em outubro. No PP, por exemplo, estão filiados os ex-vereadores Maurício Batista e Toninho Orestes.
O Republicanos, agora liderado pelo vereador Hálison Vitorino, que era do PP, ganhou também Betinho Albertassi, que deixou o PSD. "Sou conservador e me identifiquei muito com o Republicanos, legenda que assumo, para dar continuidade aos projetos que tenham como prioridades a família, Igreja, educação e saúde pública, com foco na prevenção", ressaltou Hálison.
O Republicanos, cuja nominata teria sido fechada pelo ex-deputado estadual Edson Albertassi, atual assessor especial do prefeito Antonio Francisco Neto, garantiu a filiação de ex-vereadores, isso incluindo ainda o ex-deputado federal Zoinho de Oliveira.
O PL, do ex-presidente Jair Bolsonaro, é outro partido que vem com nomes conhecidos na Cidade do Aço. Entre eles, além dos atuais vereadores Edson Quinto, um dos poucos que não trocou de partido, e Rodrigo Furtado, tem ainda Herminton Moura, que já foi candidato a prefeito, e o ex-vereador Zé Augusto, entre outras lideranças.
O União Brasil, ao contrário do que ocorreu em grande parte do país, não derreteu tanto na Câmara de Volta Redonda. Conseguiu atrair o vereador Mineirinho, que era do PSC, e Vander Temponi, ex-PTB, com um mandato marcado por denúncias de desvio de verba e até mesmo o afastamento do Legislativo. O PT de Valmir Vítor e o Patriota de Dinho continuam solitários, com apenas um vereador por legenda.
