Lanna Silveira
Os professores da rede municipal de ensino de Resende se uniram a representantes do Sepe (Sindicato Estadual dos Profissionais da Educação) em uma manifestação realizada no último domingo (7). O objetivo principal do ato foi reivindicar o pagamento da terceira parcela do reajuste salarial, referente a 2024, prometida pelo prefeito Diogo Balieiro em 2023.
A mobilização também levantou questões como o fechamento de turmas e escolas da EJA (Educação de Jovens e Adultos); processos para pagamento de auxílio educação; e a falta de pagamento do adicional de qualificação e vantagem pecuniária previstos no Plano de Cargos e Carreiras do município.
Motivações do sindicato
Segundo a equipe do Sepe, a categoria entrou em contato com o poder público em mais de uma ocasião, não recebendo nenhuma resposta sobre quando a parcela será paga. O diretor Carlos Roberto detalha que o sindicato pediu uma audiência para tratar sobre o assunto e não houve retorno da Prefeitura.
Outra diretora do sindicato, Daysiane Alves, reforça que e-mails enviados diretamente ao prefeito de Resende nunca foram respondidos. Ela aponta que o contato com a Secretaria de Educação também é difícil.
Após várias tentativas de contato mal sucedidas, os profissionais da educação decidiram realizar o ato do último domingo, com o objetivo de chamar atenção para o problema e conseguir um posicionamento do governo municipal. A diretoria do Sepe garantiu ainda que se o reajuste não for inserido no próximo pagamento, será feita uma assembleia para decidir quais serão os próximos passos da categoria. "A gente vai insistir em obter uma resposta satisfatória como uma forma de evitar a paralisação", apontou Carlos.
O sindicalista ressalta que a falta de previsão do pagamento, junto ao silêncio da Prefeitura, causa inquietação nos professores. "Vivemos em uma realidade em que o custo de vida está muito alto. Ficar sem reajuste nesse cenário é inaceitável", conclui.
Esclarecimentos
O Correio Sul Fluminense entrou em contato com a Prefeitura de Resende, que demonstrou não saber sobre a manifestação realizada no último domingo. A equipe informou que a data base do pagamento é o mês de maio, podendo ser feito com antecedência.
A Prefeitura não se pronunciou sobre as tentativas de contato e pedido de audiência alegados pelo Sepe.
