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CSN faz 83 anos e ganha Clube Umuarama de volta

CSN em Volta Redonda completa 83 anos nesta terça-feira | Foto: Divulgação

Sônia Paes

A CSN (Companhia Siderúrgica Nacional) completa 83 anos de fundação nesta terça-feira, dia 09, e ganhou como presente a retomada da sede do Clube Umuarama, na Vila Santa Cecília. A empresa e a direção do clube travavam uma longa disputa desde 2014 e, na segunda-feira, dia 08, o juiz da 3ª Vara Cível, Claudio Gonçalves Alves, ordenou a devolução do imóvel à CSN, como o jornal aQui divulgou com exclusividade, no início da tarde. A retomada da área onde o tradicional clube funcionava foi acompanhada por diretores da área de patrimônio da CSN e oficiais de Justiça.

O Umuarama é apenas um dos patrimônios que a CSN herdou junto com a privatização da empresa, em 1993. Ao vencer o leilão na então Bolsa de Valores do Rio de Janeiro, os compradores levaram como uma espécie de "gorjeta" todo o patrimônio que a siderúrgica possui no município e acabou fazendo parte do edital de privatização.

O Recreio do Trabalhador, um complexo esportivo, está abandonado e acabou se transformando em um grande foco do mosquito da dengue. Segundo o prefeito Antonio Francisco Neto, do PP, afirmou em fevereiro deste ano, o Sesc (Serviço Social do Comércio) estaria interessado em assumir a área tombada pelo Patrimônio do Município. Quase dois meses depois, não há informação se as negociações de fato estão avançando.

O prédio do Escritório Central, na Vila Santa Cecília, também se transformou em um elefante branco e todas as propostas que chegam à mesa do presidente do Grupo CSN, Benjamin Steinbruch, não vão adiante. A única ideia aprovada pelo executivo foi a instalação de uma cerca em torno do prédio.

Tentativa de
virar o jogo

O ex-deputado federal Deley de Oliveira e a líder comunitária Maria da Graça Vigorito Bertges chegaram a ir à Justiça e contestaram a propriedade das terras da CSN em Volta Redonda. Isso em 2015. Na época, os argumentos apresentados por Deley e Maria da Graça na ação chegaram a ter parecer favorável do Ministério Público Federal (MPF).

De acordo com o parecer dado pela MPF, na época, "os imóveis incorporados ao patrimônio da CSN, com exceção, claro, dos que são usados para as suas atividades, na verdade pertenceriam à União. O processo acabou não tendo o final esperado pela população da Cidade do Aço.

Metalúrgicos desvalorizados

Em meio aos festejos do aniversário do símbolo da industrialização no país, acontece a campanha salarial dos metalúrgicos da Usina Presidente Vargas. Assim como a população, os empregados também não têm nada a comemorar.

As negociações entre o Sindicato dos Metalúrgicos do Sul Fluminense e a direção da empresa já iniciaram, mas não há perspectivas de que seja feito um bom acordo. Até porque justamente em plena campanha salarial da categoria, com data base em maio, houve um racha no sindicato e o presidente da entidade, Edimar Miguel, foi afastado do cargo. O grupo, denominado G5, assumiu a liderança do sindicato e das reuniões com a CSN.

Eles estão reivindicando aumento salarial de 11% a 22%, PLR (Participação nos Lucros e Resultados) no valor de R$ 10.000,00; planos de cargos e salários e cartão alimentação no valor de R$1.200,00, entre outros itens da pauta de campanha.

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