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Fim da 'janela partidária' deixa plenário da Câmara vazio

Vereadores da Câmara de Volta Redonda trocam de partidos mirando a vitória | Foto: Arquivo

Sônia Paes

Com sessões suspensas por falta do quorum, durante a semana, o clima nos bastidores da Câmara Municipal de Volta Redonda era puro frenesi devido ao fim da janela partidária, que permite a troca de partidos de vereadores ou vereadoras sem perderem o mandato. Se as atividades do plenário foram reduzidas quase a zero, as articulações e contas do número de votos para a conquista de uma cadeira no Legislativo eram feitas minuciosamente.

O PP do prefeito Antonio Francisco Neto, um dos principais articulares políticos de Volta Redonda, abrigará três vereadores: Renan Cury, Neném e Duré, além de nomes de peso como os ex-vereadores Toninho Orestes e Maurício Batista. O PP vem ainda com a pastora Edna e Junior Granato (irmão do ex-vereador Washington Granato).

O Progressista tem ainda como seu mais novo filiado o ex-secretário de Saúde, Alfredo Peixoto, do governo Samuca Silva, inimigo político número 1 de Neto. Não se sabe ainda se Alfredo virá para a disputa na Câmara Municipal após a operação realizada para apurar possíveis irregularidades no Hospital de Campanha, montado na pandemia, quando ele era o secretário da pasta. Não houve a divulgação de nenhum fato que ligasse o nome do ex-secretário ao escândalo. E Samuca divulgou uma nota afirmando não ter envolvimento com o caso.

Xadrez político

O vereador Edson Quinto continuará confortavelmente no PL, que voltou a ser comandado pelo empresário Antonio Cardoso. Os dois são aliados de primeira hora e fazem parte do grupo de Neto. Rodrigo Furtado, um dos poucos vereadores que fazem oposição ao governo municipal, virá mesmo pelo PL.

Furtado vem namorando com a sigla desde que o empresário e pré-candidato à prefeitura, Mauro Campos, assumiu o partido, com o aval do clã Bolsonaro e de seus principais aliados. Uma reviravolta no partido mudou todo o xadrez político da Cidade do Aço, com o ingresso do vice-prefeito Sebastião Faria na legenda e, consequentemente, o grupo político de Neto. Maurinho, como o empresário é conhecido, deixou o PL e foi para o Novo, assim como alguns membros do partido.

O PSD, do deputado estadual, Munir Neto, vem com uma nominata recheada. Com mandato, o partido terá o vereador Lela. Sem mandato e buscando voltar à Câmara Municipal estarão os ex-vereadores Simar e Sukinho, além da ex-secretária de Ação Social, Carla Duarte, estreante na política, com um padrinho forte: o Munir Neto.

Rodolfo Levenhagen, que já foi candidato a vereador e tem diversos trabalhos voltados para a área social, entre outras, está na corrida novamente. Ele tem um trabalho reconhecido na Apadefi e conta aliados de longa data. Aliás, o PSD promoverá um ato de filiação no dia 12, às 17 horas, no plenário da Câmara Municipal.

O vereador Buchecha foi para o PSC, Cacau da Padaria, Solidariedade, e Paulinho AP, AgiR. Raone fica no PSB. Hálison saiu do PP e ainda definirá sua filiação, assim como uma parte que aguarda até o último momento para escolherem a melhor opção.

 

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