Por Ana Luiza Rossi
Apesar do anúncio de que a prefeitura de Volta Redonda daria continuidade às convocações de 190 profissionais para reforçar o quadro educacional - que pode-se dizer que está em déficit, pais ainda estão no aguardo dos novos monitores e tutores, para alunos que são atípicos. O caso chegou ao nível que, escolas em período integral, com a falta dos auxiliares, tiveram que reduzir a carga horária e liberar os alunos mais cedo.
Essa situação aconteceu com a tatuadora Cínthia Alvim, mãe de duas crianças, que alegou que a instituição, localizada no bairro São João, não deu até o momento nenhuma previsão. A filha, que antes sairia no período da tarde, agora é liberada a partir das 11h da manhã. "Eu reduzi a agenda de trabalho e ganho menos que antes. Atualmente, somente a minha mãe, idosa, consegue ficar com as crianças para mim. Chego bem tarde por não conseguir começar a atender cedo", explicou.
No entanto, para os pais que não possuem rede de apoio a situação fica ainda mais delicada. Uma mãe solo, que preferiu não se identificar, revelou até mesmo que não enviou a filha para escola por não ter como buscar no novo horário. "Só de babá, uma semana foi R$250. Eu preciso trabalhar", disse.
Categoria faz denúncia
Ainda neste mês, uma reportagem do Correio Sul Fluminense levantou uma denúncia de que a categoria dos auxiliares, mediadores e tutores educacionais, de acordo com uma fonte que também não quis ser identificada, é uma das que mais pede exoneração. Isso se deve não somente pelos salários baixos, mas principalmente, pela carga horária exaustiva.
Na época, a reposta da prefeitura foi de que 12 novos auxiliares de educação infantil começariam a trabalhar no dia 11 de março e na última sexta-feira, dia 22, foram convocados mais 190 profissionais para integrar a rede, segundo o release, sendo 35 aprovados em um concurso público de 2018 para os cargos de docente e cuidadores.
Entramos em contato com a prefeitura de Volta Redonda para compreender a posição da mesma sobre a escassez dos profissionais e indagar, novamente, sobre à denúncia acerca das condições de trabalho da categoria. Até o momento do fechamento desta edição, não houve resposta.