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Eletronuclear reduz potência de Angra 1 para manutenção

A elevação da carga voltará a capacidade máxima ao longo da semana | Foto: Divulgação Eletronuclear

A Eletronuclear informa que a carga de Angra 1 foi reduzida para 75%, para isolamento da caixa 3 do condensador, devido ao ingresso de água do mar no equipamento.

O evento foi devidamente identificado e isolado por profissionais da empresa, que também realizaram a limpeza do equipamento, seguindo integralmente os procedimentos operacionais e de segurança.

É importante ressaltar que o evento ocorreu no circuito convencional da usina, ou seja, sem qualquer contato com a área nuclear. Destacamos ainda que não houve qualquer prejuízo ao meio ambiente, aos trabalhadores e à população.

A Eletronuclear está à disposição para esclarecer qualquer dúvida e reafirmamos que prezamos pela transparência das operações em nossas usinas.

Novo presidente

Extensão da vida útil de Angra 1, questões financeiras e construção de Angra 3. Esses são os três principais desafios que o novo presidente da Eletronuclear, Raul Lycurgo, pretende priorizar na sua administração. O tema foi discutido pelo gestor durante uma entrevista produzida para dois novos produtos da empresa: o podcast no Spotify e a série do Youtube intitulados de Nuclear.

Em uma conversa transparente, Lycurgo destaca a importância da primeira usina nuclear brasileira. "A licença de Angra 1 vence em dezembro. Estamos trabalhando na renovação para que ela possa continuar operando por mais 20 anos. Precisamos focar nos investimentos que devem ser feitos ao longo deste ano. Além de gerar uma energia segura, limpa e de confiança, esta usina representa 30% da receita da companhia", pontua o presidente.

O segundo trabalho prioritário em andamento pela companhia também diz respeito a aspectos financeiros. Trata-se da união de esforços em prol da redução de custos. Isso porque o PMSO - ou seja, as despesas operacionais com Pessoal, Material, Serviços de Terceiros e Outros - está acima do teto reconhecido pela agência reguladora do setor.

No final do ano passado, a Aneel subiu o teto desta receita fixa da empresa para a cobertura dos custos de R$1,1 bilhão para R$1,4 bilhão. Entretanto, a companhia tem realizado uma série de gastos em decorrência de grandes projetos que demandam aportes financeiros maiores.

Em terceiro ponto, Lycurgo destaca a realização dos estudos de modelagem do empreendimento Angra 3 pelo BNDES. "Esta etapa está em andamento. Os resultados serão entregues para a União e acionistas, indo também para análise da Empresa de Pesquisa Energética e, em seguida, para o Conselho Nacional de Política Energética, responsável por bater o martelo sobre a tarifa", conta.

O presidente aproveitou ainda a oportunidade para esclarecer que o Plano de Aceleração da Linha Crítica da usina está em desenvolvimento. "É importante dizer que o que está paralisada é a obra civil, que representa apenas 5% do projeto. Ela tem sua importância, mas é um pequeno percentual perto do todo. Esperamos que os estudos do BNDES fiquem prontos o quanto antes para apoiar a retomada completa de Angra 3", completa.

 

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