Por:

Asilos da região reforçam cuidados contra dengue

Medidas para combater o mosquito da dengue envolvem fiscalização de água parada | Foto: Divulgação

Por Lanna Silveira*

A região Sul Fluminense e da Costa Verde já registrou cerca de 20 mortes por dengue neste ano. De acordo com profissionais da Secretaria de Saúde do Distrito Federal, o índice de mortalidade por dengue dos idosos é o mais elevado das faixas etárias, devido a sua fragilidade imunológica, que pode agravar a evolução da doença. Segundo informações das Secretarias de Saúde das cidades sul-fluminenses, a maioria dos óbitos foram de pessoas com mais de 60 anos que possuíam algum tipo de comorbidade.

A vulnerabilidade dos idosos faz com que espaços como asilos e casas de repouso redobrem os cuidados com a dengue. O Correio Sul Fluminense entrou em contato com asilos da região para entender como a doença está sendo combatida. Grande parte deles recebeu visitas de agentes de saúde pública entre janeiro e fevereiro deste ano, para que o local fosse vistoriado e suas equipes recebessem orientações sobre como eliminar focos de criação do mosquito Aedes aegypti.

"Pediram cuidado com a água parada em vasos de planta e eletrodomésticos como freezer e geladeira. Também falaram sobre a necessidade de sempre retirar entulhos e materiais de obra" esclareceu uma cuidadora do Asilo Dom Bosco, de Volta Redonda.

Manutenção

Em espaços que podem acumular água parada com facilidade, a manutenção precisa ser constante. É o caso do Lar Vovô Ziemer, também de Volta Redonda, que reforça diariamente a limpeza de sua piscina. Além disso, as equipes do asilo fiscalizam a vedação das caixas d'água e ainda higienizam as calhas.

A intervenção pública soma as atitudes tomadas pelos próprios cuidadores e administradores, que se mobilizam para vistoriar o local e promovem mudanças de hábito entre os idosos desde o início do surto da doença. A aplicação de repelentes se tornou rotina em todos os asilos - alguns fazem a compra do produto e outros pedem para que os familiares dos idosos os enviem.

O Lar da Sabedoria e Fraternidade, de Barra Mansa, verifica regularmente toda a extensão de seu espaço para identificar e eliminar acúmulos de água parada. O incentivo ao uso de repelentes mais de uma vez por dia também foi adotado. Com os cuidados, o local ainda não registrou nenhum caso de dengue.

Desde o início da alta nos casos de dengue, as equipes do Lar Vovó Ássima e Vovô Elias Zarur, de Volta Redonda, providenciaram materiais de divulgação para medidas de combate a proliferação do mosquito, que são reforçados em reuniões de equipe e murais. Uma das cuidadoras enfatiza que os próprios idosos se prontificam a ajudar na fiscalização.

A campanha do asilo, "Atitude Consciente", promoveu iniciativas como o fim do uso de copos descartáveis entre funcionários e abrigados. "Cada um dos idosos possui sua própria garrafa d'água. Só usamos copos em casos especiais, como quando chegam visitas", explica a cuidadora.

*Estagiária

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado.