Por: POR SONIA PAES

CORREIO DO VALE: Propostas empatadas para a compra da InterCement

CSN, Votorantim e Huaxin tentam comprar cimenteira | Foto: Divulgação/CSN Cimentos

Com três interessados, as propostas para a compra de ativos da InterCement participamente ficaram no zero a zero. Estão na briga pela cimenteira, o Grupo CSN, Votorantim e a empresa chinesa Huaxin. O detalhe é que tanto a CSN quanto a Votorantim ainda precisam de aval do Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica), o que acaba sendo um risco para o negócio. Já a empresa chinesa não tem esse tipo de problema. Agora, as três empresas farão novas propostas, com um preço diferenciado, assim como a forma de pagamento na tentativa de arrematarem a InterCement.

 

CSN tenta dominar mercado

Desde o ano de 2021, a CSN Cimentos, um braço do grupo comandado por Benjamin Steinbruch, ganha destaque nesse nicho e vem subindo de patamar. Comprou a Holcim e, na época, passou a figurar entre a terceira maior no grupo cimenteiro. Se conseguir fechar negócio com a InterCement, a Companhia de Steinbruch vai se tornar líder no mercado de cimento no Brasil.

Steinbruch de olho na Argentina

Steinbruch pode ainda entrar no mercado argentino com a InterCement, que tem no país vizinho 9 fábricas, além de atividades de concreto e uma ferrovia, comandada pela Loma Negra. Em território nacional, a cobiçada cimenteira opera nada menos do que 15 fábricas, algumas centrais de concreto e ainda tem participações em três hidrelétricas: Machadinho, Barra Grande e Estreito.

Eletronuclear prepara minuta para obras de Angra 3

Próximo passo é uma consulta pública para licitação | Foto: Divulgação

O BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) enviou à Eletronuclear, no último dia 7, as minutas do Edital e do Contrato para a licitação dos serviços de Engenharia, Gestão de Compras e Construção (EPC, em inglês) para a conclusão das obras de Angra 3, na cidade da Costa Verde, incluindo a Matriz de Risco e outros complementos contratuais. O próximo passo agora será a divulgação, que deve ocorrer em breve, segundo a Eletronuclear, de uma consulta pública aos documentos com o objetivo de obter contribuições e melhorias de todos os interessados no processo de licitação, incluindo agentes do setor elétrico, empresas, especialistas e sociedade.

Terceira Usina do complexo

O BNDES faz agora a revisão dos estudos relacionados à retomada da obra de Angra 3, como o orçamento do empreendimento e o cronograma, que servirão como base para o cálculo do preço de energia a ser analisado pelo Conselho Nacional de Política Energética. Se concluída, Angra 3 será a terceira usina da Central Nuclear Almirante Álvaro Alberto. A nova unidade será capaz de gerar mais de 10 milhões de megawatts/hora por ano, energia suficiente para abastecer as cidades de Brasília e Belo Horizonte no mesmo período.

Diversificação da matriz elétrica

A usina, ainda segundo a Eletronuclear, vai diversificar a matriz elétrica e reduzir os custos totais do Sistema Interligado Nacional, na medida em que substituirá a energia mais cara de térmicas que é frequentemente despachada pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico. A proximidade com os principais centros de consumo do país contribui para evitar congestionamentos nas interligações entre os subsistemas. O montante investido é de R$7,8 bilhões e para concluir a usina serão necessários cerca de R$ 20 bilhões.

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