Funcionários do Hospital Maternidade Angra dos Reis, antiga Santa Casa, administrado pela OS Ideias, sofrem com constantes atrasos nos salários. Esse mês, por exemplo, não havia recebido o pagamento de fevereiro até a última terça-feira, dia 12.
Além disso, o prefeito Fernando Jordão também está atrasando o pagamento dos empregados do asilo municipal. Detalhe: o asilo também é administrado pela Ideias. As informações sobre os atrasos salariais vêm sendo dadas com exclusividade pelo jornal "A Cidade".
Segundo a denúncia, o atraso no pagamento do hospital é costumeira e os funcionários sempre recebem com ao menos 10 dias de atraso. E ainda quando reclamam se vêem em um jogo de empurra: as OS Ideia diz que não recebeu o repasse, enquanto a prefeitura diz que enviou a verba para a OS. Os empregados ficam literalmente perdidos e sem qualquer tipo de informação.
Em nota enviada ao Correio Sul Fluminense, a Prefeitura de Angra dos Reis informou que o repasse para a OS responsável pela gestão do HMAR foi feito na segunda-feira (11) e que o pagamento dos funcionários foi concluído na terça-feira (12).
A nota enviada pela prefeitura confirma a queixa dos funcionários do hospital sobre o atraso no pagamento. Pela lei, eles teriam que receber até o quinto dia útil de cada mês.
Referência
O Hospital Maternidade Angra dos Reis (HMAR) é um hospital referência para o atendimento das mulheres e bebês. A maternidade tem capacidade mensal para 169 internações e 3295 procedimentos ambulatoriais, divididos em 640 vagas de Tomografia, 480 vagas de USG, 960 vagas de Raios X, 1200 vagas de fisioterapia e 15 vagas de Histeroscopia.
Piso salarial
Outra polêmica envolvendo o prefeito Fernando Jordão é com relação ao piso salarial dos profissionais da Enfermagem. Como o Correio Sul Fluminense publicou, no início de janeiro desse ano, grande parte dos técnicos e auxiliares de enfermagem do Hospital Municipal da Japuíba (HMJ), esse administrado pela OS Hospital São Vicente de Paula, ainda estavam sem receber o Piso Nacional da Enfermagem.
Uma pequena parcela dos técnicos recebeu o piso, enquanto os outros 90% continuaram sem o devido pagamento em janeiro. Indagada, na época sobre o caso, a OS informou que fez o pagamento baseada em dados da prefeitura. O erro, no caso, seria da administração que teria fornecido dados errados sobre os profissionais.
Já a prefeitura afirmou, por meio de nota enviada ao jornal Correio Sul Fluminense, em janeiro, que o pagamento do piso de enfermagem tinha começado a ser efetuado em dezembro para as empresas que atendem o município.
Com relação aos funcionários contratados pela administração municipal, a prefeitura de Angra justificou que "eles já recebem acima do piso". Portanto, de acordo com a prefeitura, estaria tudo na mais perfeita ordem.
