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Após inspeção, Angra 2 será desligada de sistema

Complexo em Angra abriga três usinas | Foto: Divulgação/Eletrobrás

Após a detecção de pontos quentes em conexões do transformador do gerador elétrico principal de Angra 2, a Eletronuclear anunciou que a usina está sendo programada para ser desligada. O problema ocorreu na área externa da Usina e foi encontrado durante uma inspeção termografica de rotina. A medida é necessária para que o reparo seja feita de forma segura e evite riscos de descarga elétrica para os trabalhadores.

A parada está programada para quarta-feira, dia 13, com duração inicialmente de 24 horas. A redução de potência está prevista para início às 23h de terça-feira (12). A operação para realizar o desligamento de Angra 2 do Sistema Interligado Nacional (SIN) foi solicitada ao ONS, conforme manda o protocolo.

A Eletronuclear ressaltou que o serviço será feito em equipamentos que não fazem parte da área nuclear, e sim da parte convencional da usina, não havendo impacto sobre a segurança nuclear da operação.

O desligamento, ainda de acordo com a empresa, está alinhado aos mais altos padrões de segurança, visando garantir a integridade dos funcionários e a excelência operacional das atividades das únicas usinas nucleares brasileiras.

Paradas em 2023

Em 2023, a Usina Angra 2 ficou fora do Sistema Interligado Nacional (SIN) por quase dois meses. De 25 de setembro a 16 novembro. Na época, a parada programada foi feita para reabastecimento de combustível. Além disso, foram realizadas mais de 5 mil outras atividades, com o objetivo de garantir segurança e alta disponibilidade neste novo ciclo de operação da usina. Cerca de 2 mil profissionais estiveram envolvidos nos trabalhos.

Informações dadas pela Eletronuclear eram de que o perído serviu aonda para modernização da proteção elétrica dos transformadores principais e do gerador principal, além da substituição do rotor do gerador principal, cujo peso é de 200 toneladas.

Combustível recarregado

Também no ano passado, a Usina Nuclear Angra 1 teve parada programada a partir do dia 28 de outubro, com duração estimada de 50 dias. Cerca de um terço do combustível nuclear foi recarregado. Além disso, foram efetuadas 4.800 atividades, entre inspeções e manutenções periódicas, e instalações de modificações de projeto. Outras tarefas incluíram a substituição de barras de controle do reator, manutenção dos transformadores principais e auxiliares, revisão das turbinas de vapor e inspeção volumétrica na tampa do vaso de pressão do reator.

Foram contratadas empresas nacionais e internacionais para executar o serviço, que envolveu pelo menos 1.300 profissionais que trabalharam em conjunto com os técnicos da Eletronuclear.

O superintendente de Angra 1, Abelardo Vieira, informou que as paradas ocorrem, aproximadamente, a cada 14 meses e são organizadas com, pelo menos, um ano de antecedência, levando em consideração a duração do combustível nuclear e as necessidades do Sistema Interligado Nacional.

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