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Racha no Sindicato dos Metalúrgicos se torna caso de polícia e enfraquece trabalhadores

Edimar diz estranhar problema em plena campanha salarial | Foto: Arthur Ramos/CSF

O presidente eleito do Sindicato dos Metalúrgicos, Edimar Miguel, foi para a Praça Juarez Antunes, na Vila Santa Cecília, em Volta Redonda, na tarde desta segunda-feira, dia 11, e concedeu uma entrevista coletiva para falar sobre a situação da entidade que, literalmente, virou caso de polícia.

Pela manhã, a Polícia Militar foi acionada e ficou na porta do sindicato, na Gustavo Lira, porque, segundo Edimar, um grupo da própria diretoria queria invadir a entidade e entrar em sua sala. Ele foi até a Delegacia e fez um boletim de ocorrência, alegando que foi impedido de trabalhar. No período da tarde, a situação piorou. Novas fechaduras foram colocadas pelo chamado Grupo dos 5, o que deixa Edimar sem acesso algum ao sindicato.

-Estou impedido de trabalhar. Não tenho mais as chaves do sindicato, nem como entrar em minha sala - disse Edimar, acrescentando que não tem validade a ata feita pelo "G5" que o afastou da presidência pois Odair Mariano, que assumiu a presidência não tem os documentos necessários para tal. Segundo ele, para a ação ser concretizada precisa do registro do Ministério do Trabalho e outra formalidades que não foram obedecidas.

Edimar foi remanejado do cargo há cerca de 15 dias. Odair Mariano, vice-presidente, assumiu o lugar dele, após o grupo realizar uma reunião e fazer o remanejamanto dos cargos da diretoria administrativa.

Batalha judicial

O caso tem ainda outras facetas judiciais. O final de semana foi marcado por decisões judiciais, impetradas pelo G5 e por Edimar. Os sindicalistas de oposição conseguiram uma liminar, no sábado, cancelando a assembleia convocada por Edimar para esta segunda-feira, dia 11, quando seriam colocados em votação a presidência do sindicato e a alteração no estatuto da entidade. Edimar recorreu da decisão, mas teve o pedido indeferido.

Campanha salarial

O racha no sindicato aconteceu justamente em meio à campanha salarial dos metalúrgicos da CSN, com data base em primeiro de maio. "Eles estão prejudicando os trabalhadores em plena campanha salarial. O enfraquecimento do sindicato é ruim para o trabalhador que, assim como eu, está dentro da usina e recebe baixos salários", disse Edimar, ao mesmo tempo em que os metalúrgicos saíam da CSN e passavam pelo carro de som sem parar ou ouvir o que estava sendo dito.

 

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