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Atraso em obras de VR gera transtornos, prejuízos e queixas

Obras na Rua 33 viram uma dor de cabeça sem remédio para a população | Foto: Ana Luiza Rossi

Ana Luiza Rossi

Não é novidade para os moradores de Volta Redonda que as obras da Rua 33, principal centro comercial da Vila Santa Cecília, está causando transtornos para quem transita e também para os estabelecimentos comerciais. As obras vêm causando prejuízos financeiros aos comerciantes e donos de clínicas pela falta de movimento, intervenções sem aviso e prazos de término que não são cumpridos.

Os comerciantes da Rua 23-B, por exemplo, relataram que a prefeitura iniciou reparos na calçada sem qualquer aviso prévio. As melhorias começaram em junho, com previsão de terminar em duas semanas, prazo dado pelos funcionários da empresa responsável. Resultado: a revitalização foi paralisada e até o momento, não foi concluída. Isso porque, segundo relatos, a prefeitura não teria feito o pagamento para o Grupo VR Engenharia, que ganhou o processo licitatório para executar as obras do bairro.

Prejuízos

A dona do café Dedo de Prosa, Jennifer Pacheco, afirma que suas vendas caíram 15% desde o início da intervenção e que não conseguem qualquer retorno com a prefeitura desde então. A empresária ainda relata que, enquanto as obras estavam em curso, a poeira impossibilitava o funcionamento na parte externa do local, além da quebra de pisos e parte da escada que dá acesso ao condomínio. "A obra está parada, toda cercada, inclusive as vagas de automóveis. Não deram nenhuma satisfação", disse.

A empresária ainda destaca outro fator preocupante: a segurança. Com o quebra-quebra, criou-se uma vala entre a calçada e as vagas do VR Parking, causando acidentes. "É recorrente. Pessoas tropeçam durante o dia, inclusive eu mesma já tropecei. Pessoas idosas já caíram e se machucaram e os carros foram parar na vala" afirma Jennifer.

Outro acidente foi um trator que bateu no muro de um dos estabelecimentos da Rua 33: o restaurante Relicário. Segundo o gerente do estabelecimento, Rogério Franco, o acidente provocou uma rachadura no muro do restaurante, e acabou comprometendo parte da estrutura do depósito do restaurante.

"Eles falaram que vão arcar com o prejuízo que tive, depois de estragarem meu muro. Eles também disseram para a imobiliária que iriam trocar a pedra da subida que também quebraram, mas até agora, não resolveram nada", disse a dona do restaurante, Sarah Rezende.

Sem resposta

O Correio Sul Fluminense entrou em contato com a assessoria de imprensa da prefeitura para indagar a respeito do caso e também sobre a falta de pagamento, mas até o momento do fechamento desta edição, não houve resposta.

Camada de asfalto

Mesmo com o atraso monumental, para aliviar os efeitos provocados no comércio e facilitar o movimento da população durante a época de fim de ano, a prefeitura iniciou na segunda passada (27) o trabalho de asfaltamento nos dois sentidos da Rua 33. Na nota, foi informado que uma outra empresa foi contratada para realizar essa camada provisória

Apesar dos avanços da obra, com rede de água trocada pelo Saae-VR e processo de reorganização do cabeamento de telefonia, eletricidade e transmissão de dados em andamento, diversos pontos da Vila Santa Cecília ficaram alagados após uma forte chuva na última quinta-feira (30).

De acordo com o projeto divulgado pela prefeitura há mais de dois anos, a ideia era de que a Rua 33, um patrimônio histórico de Volta Redonda que reúne estabelecimentos de diversos setores, com destaque para a área gastronômica e de serviços de saúde, se tornasse mais acessível às pessoas com mobilidade reduzida - como cadeirantes, idosos ou pessoas com deficiência visual.

Além de o projeto ainda estar somente no papel, a prefeitura não informou à população até os dias de hoje onde foram parar as pedras portuguesas retiradas da rua. Uma incógnita para o município.

Estagiária, com informações da prefeitura no último trecho que informa dados sobre o projeto.

 

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