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Turno: CSN faz novas propostas para operários

Empregados da CSN discutem turno de trabalho da Usina de Volta Redonda | Foto: Ana Luisa Rossi

O presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do Sul Fluminense, Edimar Miguel, teve mais rodada de negociação com a CSN (Companhia Siderúrgica Nacional) sobre o turno dos trabalhadores da Usina Presidente Vargas, em Volta Redonda, interior do Estado do Rio.

A proposta não agradou o sindicalista que recomendou a rejeição da mesma, que será votada no próximo dia 30, quinta-feira, das 6h às 17h, na Praça Juarez Antunes, em escrutínio secreto. O acordo pelo atual turno vence no próximo dia 30.

A empresa ofereceu o abono de R$ 5 mil, mas somente uma parte será paga em dinheiro: R$ 2,5 mil e o restante entraria como crédito no cartão-alimentação, em duas parcelas. Uma parte sairia cinco dias após a assinatura do acordo entre a Siderúrgica e o Sindicato e a segunda parcela no dia 1 de janeiro de 2024.

A outra proposta da CSN é também do abono de R$ 5mil, pago da seguinte forma: R$ 4 mil dinheiro e R$ 1 mil no cartão alimentação, que seriam pagos cinco dias após a assinatura do acordo. O Sindicato defende o turno de 6 horas.

-Em reunião, CSN apresenta nova proposta que não atende a vontade do trabalhador. Porém, o Sindicato leva a votação para garantir amparo legal aos metalúrgicos", disse Edimar, após sair da reunião.

Proposta recusada

Na semana passada, trabalhadores da CSN recusaram a proposta que previa o pagamento de um abono de R$ 5 mil para a renovação do acordo de turno de 8 horas por mais dois anos. No total votaram 2.654 metalúrgicos, sendo 1827 votos não, 824 votos sim, um branco e dois nulos.

Representante da CSN Izaias Carius da Cunha Filho, coordenador de Recursos Humanos, trabalhadores e diretores sindicais participaram da apuração. Após o resultado, o presidente Edimar Miguel notificou a empresa do resultado.

"Agradeço a confiança de cada trabalhador e trabalhadora que esteve hoje na praça para votar e dizer não a proposta da empresa. Agora vamos pedir uma reunião para conversar sobre a implantação do turno de 6 horas", destacou Edimar, após a votação da semana passada.

Entenda o caso

O sindicalista defende o turno de seis horas e fez uma intensa campanha entre os operários da Usina Presidente Vargas, marco da revolução industrial no país, com sede em Volta Redonda.

Edimar Miguel afirma que o atual turno de 8 horas não é vantajoso para os empregados, nem o abono salarial de R$ 5 mil, que acabou sendo recusado também. Edimar ressalta que o turno de seis horas abre novas oportunidades de emprego. Nossa posição para o turno ininterrupto de revezamento é pela jornada de 6 horas. "Não vamos permitir mais perdas para os metalúrgicos".

 

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