Por: Arthur Ramos

Onda de calor aumenta vendas de ventilador e ar-condicionado

Calor: Lojas registram aumento no número de vendas | Foto: Arthur Ramos

Com a chegada de uma onda de calor na região, em que as temperaturas estão chegando aos 39°C, a necessidade de se manter sempre refrescado também aparece. Em Volta Redonda essa situação não foge da normalidade, sendo assim, a procura por ventilador e ar-condicionado aumenta muito.

De janeiro a junho, as vendas, segundo a Eletros (Associação Nacional de Fabricantes de Produtos Eletroeletrônicos), tiveram um aumento de 16%, na comparação com o mesmo período do ano passado. E o aumento nas vendas de ventiladores no mesmo período foi ainda maior. Os modelos de mesa tiveram alta de 34% e os de coluna 18%.

Rafael Galvão trabalha em uma loja de eletrodomésticos e disse que desde que o calor aumentou, houve um aumento significativo nas vendas de ventiladores e ares-condicionados. "A demanda cresce a cada dia e com isso nosso estoque também precisou ser reabastecido mais frequentemente. A expectativa é que continue assim até o fim do verão pelo menos".

Ele comenta sobre a faixa de preço que se encontram os produtos atualmente: "A faixa de preço para os ventiladores varia de acordo com o tamanho, marca e a potência dele. Nós possuímos ventiladores de R$ 119,00 até por volta de R$ 500,00. Já no caso de ar-condicionado, o preço varia de acordo com o tipo que o cliente procura, seja um menor que cubra uma área pequena até um que seja mais econômico, para áreas maiores. O preço varia de R$ 1.800,00 a R$ 3.000,00. O cliente trazendo a medida da área que o ar será colocado, nós conseguimos recomendar o produto que será mais eficaz", explicou Rafael.

Mayara Novaes, gerente de uma loja de eletrodomésticos no bairro Aterrado, também ressaltou o aumento das vendas de ventiladores. "As vendas aumentaram em 100% e a expectativa é aumentar ainda mais. Estamos vendendo uma média de 20 ventiladores por dia. Não só de ventiladores e ares-condicionados, mas também climatizadores", comentou.

Miguel Almeida, consumidor, afirmou que pretende comprar um ar-condicionado para sua casa o mais rápido possível: "Nesse estado atual que o calor se encontra, apenas o ventilador não é o suficiente. Estou planejando comprar um ar-condicionado o mais rápido possível, apesar de aumentar a conta de luz, a questão do conforto e até da saúde são insubstituíveis, e com o verão mais quente a cada ano, o ar-condicionado vira uma necessidade".

Consumo de energia

O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) registrou na segunda-feira (13) novo recorde na demanda instantânea de carga do Sistema Interligado Nacional (SIN): às 14h40, foi atingido o patamar de 100.955 megawatts (MW). Foi a primeira vez na história do SIN que a carga superou a marca de 100 mil MW. O recorde anterior era de 97.659 MW, medido em 26 de setembro deste ano.

No momento em que o novo patamar foi registrado, o atendimento à carga era feito por 61.647 MW de geração hidráulica (61,1%), 10.628 MW de geração térmica (10,5%), 9.276 MW de geração eólica (9,2%), 8.506 MW de geração solar centralizada (8,4%) e 10.898 MW de geração solar proveniente de micro e mini geração distribuída - MMGD (10,8%). A principal razão para esse comportamento da carga é a significativa elevação de temperatura verificada em grande parte do Brasil.

O Rio de Janeiro registrou, às 9h15 de terça-feira (14), a maior sensação térmica desde 2014, de 58,5 graus Celsius (°C). A medição foi feita pela estação do serviço municipal de meteorologia Alerta Rio em Guaratiba, na zona oeste da cidade. No momento, os termômetros marcavam 35,5°C.

A onda de calor chegou em uma época do ano em que, normalmente, a estação chuvosa já está estabelecida e em que as nuvens funcionam como uma espécie de controle das temperaturas. A ausência dessa defesa, segundo a meteorologista do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) Anete Fernandes, potencializa os efeitos do fenômeno climático.

*Estagiário, com informações da Agência Brasil

 

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