Por: Lanna Silveira

Audiência discute aumento de passagem de ônibus

Audiência Pública realizada na Prefeitura de Volta Redonda teve a presença de grupos políticos e moradores | Foto: Ana Luiza Rossi

Por Lanna Silveira

A Secretaria Municipal de Transporte e Mobilidade Urbana (STMU) e o Conselho Municipal de Mobilidade Urbana (Comutran) promoveram uma audiência pública, nesta terça-feira, dia 07, para discutir o recente aumento da tarifa de ônibus em Volta Redonda, em vigor desde domingo. O valor tem subsídio da prefeitura. Ou seja: os passageiros continuam pagando até o dia 31 de dezembro os mesmos R$ 4,20. A prefeitura paga os R$ 0,75 de diferença às empresas de ônibus. A partir de janeiro, somente moradores que comprovarem residência em Volta Redonda e tiverem feito um cadastro terão direito ao benefício, que custa em torno de R$ 500 mil mensais aos cofres públicos.

A secretaria elaborou um cálculo da tarifa do transporte coletivo a partir da planilha de gastos apresentada pelas viações de ônibus. O estudo, realizado a partir da metodologia GEIPOT, foi apresentado aos membros da audiência em um slide. Foi esclarecido pela secretaria que os custos alegados pelas empresas foram devidamente apurados, a fim de determinar se os valores dos bens e serviços adquiridos eram compatíveis com seu preço de mercado. O cálculo realizado pela STMU determinou que a tarifa ideal para cobrir as despesas das empresas deveria custar R$ 4,93, e isso teria levado ao aumento da passagem.

Falta de comunicação

Após o fim da apresentação, os membros do Comutran tiveram a oportunidade de levantar suas considerações sobre o assunto. O conselho estava insatisfeito com sua falta de participação na discussão do valor da tarifa, alegando não terem sido informados sobre a votação do subsídio do aumento das passagens, que aconteceu no último mês. "Soubemos da decisão pela mídia", afirma Alexandre Fonseca.

Outro membro do Comutran, André Vaz, apontou que deveriam ser discutidas maneiras de cortar os gastos das empresas de ônibus, para evitar que haja prejuízo sem que haja impacto no preço das tarifas.

A audiência, que foi aberta a sociedade, também autorizou que ouvintes se pronunciassem nos minutos finais da reunião. Um dos participantes relembrou que alguns passageiros chegaram a pagar o valor de R$ 4,95 de passagem na última semana, questionando o que seria feito pelas empresas para reembolsá-los. O secretário Paulo Barenco reconheceu que houve erro por parte das viações, e afirmou que o problema foi corrigido na manhã desta segunda-feira (6).

Ele explicou que os moradores prejudicados devem atestar a cobrança indevida a secretaria, informando o número do veículo utilizado e o horário em que o episódio ocorreu.

 

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