Câmara de Volta Redonda aprova subsídio para aumento de passagem de ônibus

Em sessão realizada na noite desta segunda-feira, dia 16, a Câmara Municipal aprovou subsídio que a prefeitura dará para as empresas de ônibus aumentarem a passagem municipal de R$ 4,20 para R$ 4,95. Os R$ 0,75 de reajuste serão subsidiados pela prefeitura, permitindo que os passageiros continuem pagando o valor atual da tarifa. A mensagem que permite que o governo municipal faça o repasse para as empresas de ônibus chegou à Casa no final da tarde e entrou em votação como urgência e preferência.

Foram três votos contrários- Valmir Vitor, Raone Ferreira e Rodrigo Furtado. Faltaram à sessão os vereadores Hallison Vitorino, Edson Quinto e Renan Cury. Quinze foram favoráveis a mensagem.

O subsídio custará até R$ 500 mil mensais à Prefeitura e compensará a diferença de quem paga a tarifa em dinheiro. Para quem paga com o vale transporte, o reajuste será custeado pelas empresas que disponibilizam o benefício. A solicitação de aumento da passagem foi feita pelas viações de ônibus, junto ao SindPass (Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros), com a justificativa de que o valor atual não cobre as despesas das empresas.

Poucas horas antes da reunião, o vereador Sidney Dinho publicou um vídeo em suas redes sociais avisando sobre a discussão da tarifa. Além de explicar o que seria discutido na Câmara, Dinho se mostrou favorável à decisão da prefeitura, que, segundo ele, "trouxe para si a responsabilidade do aumento da passagem, em vez de descarregá-la no bolso do trabalhador". O vereador também reconhece o serviço insuficiente oferecido pelas viações aos moradores da cidade, ressaltando que o reajuste só resultará em melhorias caso os vereadores fiscalizem o transporte público regularmente.

Já o vereador Raone Ferreira, um dos votos contrários ao aumento, não poupou críticas à prefeitura: "Discordo totalmente de que a prefeitura subsidie o transporte coletivo de Volta Redonda hoje. Os principais motivos são: Não há contrato em vigência entre as empresas e o município. Isto significa que hoje as empresas funcionam de forma emergencial. Se não há contrato, não há, portanto, forma de cobrar a melhoria do transporte. O subsídio então não pode ser devidamente fiscalizado", disse Raone.

O vereador falou ainda sobre a qualidade dos serviços prestados pelas empresas de ônibus: "O prefeito autorizou o último reajuste tarifário em maio de 2021 e não houve melhoria alguma do transporte. Pelo contrário. O transporte tem ficado cada vez pior. O prefeito tem se manifestado sempre em defesa do empresariado dessa área", disse.