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Sindicato dos Metalúrgicos defende turno de seis horas na CSN

Direção da Sindicato dos Metalúrgicos faz audiência na Cãmara para discutir turno na CSN | Foto: Divulgação

Em defesa do turno de 6 horas, o Sindicato dos Metalúrgicos do Sul Fluminense e o Sindicato dos Vigilantes de Volta Redonda reuniram na Câmara Municipal de Volta Redonda, na sexta-feira, dia 6, à população para explicar o motivo e os benefícios da luta pela redução da carga horária de trabalho.

O acordo de turno da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) vence no mês de novembro e a empresa precisa renovar o acordo com os trabalhadores. Ficou definido que será criado um comitê de turno pelas 6 horas.

Para os sindicatos, a jornada de 6 horas será positiva para a saúde dos trabalhadores e as empresas terão que ampliar o quadro de funcionários, o que beneficiará a economia de Volta Redonda e região com a criação de novos postos de trabalho.

Já manter o turno de 8 horas, segundo o sindicato, fará o trabalhador perde, tanto no financeiro (perda no 13º salário, FGTS, rescisão de contrato e aposentadoria, "quanto no convívio com seus familiares" .

"Precisamos ser valorizados e reconhecidos pela CSN, pois toda vez que chega o período de renovação do acordo de turno a empresa vem e oferece um valor baixo ao merecido por nós que dedicamos a vida pela empresa e perdemos horas e horas de tempo e lazer com a família. Se pelo menos pagasse o justo pelo turno de 8 horas, mas sabemos que perdemos mais que o dobro do que a CSN nos paga como benefício pelo turno de 8 horas", disse Edimar Miguel, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos, que pediu para todos os participantes da audiência conversarem com seus familiares e amigos que trabalham na Siderúrgica.

O Sindicato dos Metalúrgicos também informou que está à disposição dos trabalhadores e trabalhadoras que tiverem dúvida sobre os cálculos.

"Quem tiver dificuldade ou dúvida em calcular qual seria o valor justo a ser pago pela CSN, pode nos procurar na sede do Sindicato de segunda a sexta-feira", detalhou Edimar.

A direção do sindicato acrescentou que a defesa das 6 horas resgata a memória dos operários da CSN Carlos Augusto Barroso, Valmir Freitas Monteiro e William Fernandes Leite, mortos durante a greve de 1988 na Usina Presidente Vargas (UPV), que entrou para a história do movimento sindical. Os trabalhadores morreram durante a ocupação da Usina pelo Exército e, na época, uma das reivindicações era justamente com relação ao turno.

 

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