Lanna Silveira
A ação de um professor de jiu-jitsu contra uma tentativa de assalto a um edifício, localizado no bairro Jardim Amália, foi notícia em Volta Redonda nas últimas semanas. Leonardo Paiva, que também é policial federal, identificou o comportamento suspeito do criminoso e resolveu agir. Quando agentes da Polícia Militar chegaram ao local do crime, o professor já havia contido o assaltante, que estava armado, com a aplicação de um golpe de artes marciais, conhecido como "triângulo de mão".
Leonardo pratica jiu-jitsu há 24 anos, e dá aulas do esporte na academia Gracie Barra de Volta Redonda. O professor explica que seus anos de prática na arte marcial o ajudaram a criar mecanismos de defesa, antecipação e observação dos ambientes que frequenta. Isso o ajudou a identificar a tentativa de furto e a reagir de forma imediata. Ao explicar como o assaltante foi rendido, Leonardo diz que soube usar os movimentos reativos do criminoso a seu favor, conseguindo imobilizá-lo, por cerca de 30 minutos, até a chegada da PM.
Recursos de
defesa pessoal
Segundo o professor, os conhecimentos sobre reação em momentos de pressão e perigo devem ser inerentes no ensino de jiu-jitsu. Leonardo explica que a reação de defesa precisa se basear em fatores da situação de perigo, por isso não existe uma fórmula a ser ensinada para os alunos.
Ele acredita que a maioria de seus alunos tenham iniciado as aulas com o objetivo de desenvolver habilidades de autodefesa, mas enfatiza que a noção de importância de saber se defender deve ser reforçada pelos educadores. Para o professor, a cultura brasileira negligencia a importância do ensino de técnicas de defesa como algo importante para sobrevivência. "A defesa pessoal não é algo que transformará alguém em herói, mas sim dará o poder de antecipação a situações críticas, assim como sabedoria e conhecimento técnico caso precise agir", conclui.