O TST (Tribunal Superior do Trabalho) manteve a decisão favorável à reintegração de nove operários demitidos da CSN, em abril do ano passado. Em julgamento realizado ontem, o tribunal negou provimento ao recurso impetrado pela empresa e manteve a determinação da 2ª Vara do Trabalho de Volta Redonda pela volta ao trabalho dos metalúrgicos demitidos sem justa causa.
Ainda cabe recurso e a CSN deve recorrer em Brasília. Dois diretores que fazem parte da Executiva do Sindicato dos Metalúrgicos do Sul Fluminense estão no processo. Um deles é Odair Mariano é vice-presidente do sindicato, presidido por Edimar Miguel. O outyro é José Marcos é diretor de Comunicação da entidade.
Os dois foram afastados justamente por causa do processo e, com isso, não assumiram os cargos na entidade, eleita em 2022 e suspensa pela Justiça. A posse dos novos diretores foi marcada também por decisões judiciais.
Em julho de 2022, a Chapa 2, "A Hora da Mudança", apoiada pela CSP-Conlutas, venceu o pleito, com 67% dos votos. Em segundo lugar ficou a Chapa 1, da situação e ligada à Força Sindical, com 19%, seguida pela Chapa da CUT, com 13%. A posse, no entanto, só ocorreu em dezembro, quase cinco meses após a eleição. Na época, o presidente eleito, Edimar Leite, destacou o apoio da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB). "Finalmente chegou a hora da mudança para os trabalhadores e trabalhadoras da base do Sindicato dos Metalúrgicos do Sul Fluminense", avaliou.
Um ato público marcou a vitória com uma caminhada entre a Praça Juarez Antunes, na Vila Santaa Cecília,em Volta Redonda, até a sede da entidade.