Por: Leandra Lima - PETR

Polos de institutos federais do interior aderem à greve

Uff de Nova Friburgo também aderiu a assembleia que decidiu entrar em estado de greve | Foto: Uff Nova Friburgo

Por Laís Lima*

Uma assembleia realizada na última quinta-feira,18, com docentes da Universidade Federal Fluminense (UFF) decidiu aderir à greve nacional, que nesta semana. De acordo com associação de docentes, a assembleia geral reuniu cerca de 400 professores e professoras em sete cidades, em Niteroi, a mesa Central que coordenou toda a assembleia também foram instaladas em Rio das Ostras, Nova Friburgo, Santo Antônio de Pádua, Campo dos Goytacazes, Volta Redonda e Angra dos Reis.

Segundo o Sindicato, na votação, 239 docentes se posicionaram pela entrada "imediata" de "estado em greve" e 138 docentes votaram pela manutenção do indicativo de construção da greve. O Centro Federal de Educação Tecnológica Celso Suckow da Fonseca (CEFET-RJ) também aprovou e aderiu à greve começando a suspensão das aulas a partir do dia 2 de maio em Nova Friburgo e dia 5 de maio em Petrópolis.

Lívia Costa da Silva, estudante de Física do CEFET Nova Friburgo contou o que acha sobre a situação: "greves nas universidades federais refletem uma complexidade de demandas e insatisfações que, embora legítimas, trazem consequências profundas para o calendário acadêmico. Prolongadas, podem implicar em atrasos na conclusão de cursos, desajustes nos períodos letivos e até mesmo prejuízos na vida acadêmica e profissional dos estudantes", disse.

"No entanto, tais paralisações também destacam a necessidade urgente de diálogo e resolução de problemas estruturais no ensino superior público. É fundamental que haja um equilíbrio entre atender as reivindicações dos profissionais da educação e minimizar impactos negativos para os estudantes, buscando soluções que alinhem as necessidades de ambos os lados", finalizou a estudante.

Entendendo a Greve

Os professores estão reivindicando reajuste salarial de 22%, a ser dividido em três parcelas iguais de 7,06% - a primeira ainda este ano e as outras para 2025 e 2026. Além da recomposição de salário, os professores pedem a equiparação dos benefícios e auxílios com os servidores do Legislativo e do Judiciário ainda em 2024 e também revogação de atos normativos criados durante governos anteriores que impactam a carreira dos docentes.

Em nota, o Ministério da Educação informou que está "enviando esforços para buscar alternativas de valorização dos servidores da educação" e que promoveu reajuste de 9% para todos os servidores no ano passado. A correção salarial será feita somente em 2025 e 2026, com reajuste de apenas 4,5 % em cada ano. A proposta foi negada pelos docentes.

*Estagiária