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Sala Lilás é um reforço nas políticas de assistência

Inaugurada pela Prefeitura no ano passado, Sala Lilás conta com equipe multidisplicinar | Foto: Foto: Vinicius Barros

Por Vinicius Barros*

A inauguração da "Sala Lilás", pela Prefeitura Municipal de Teresópolis, em novembro do ano passado, representa um marco importante para a cidade. Esse serviço é dedicado ao atendimento humanizado das mulheres vítimas de violência, representando um passo significativo na construção de uma rede de proteção eficaz para as mulheres teresopolitanas.

Inaugurada na antiga Delegacia de Polícia, no Alto, a Sala Lilás já está em pleno funcionamento, disponibilizando atendimento todos os dias da semana, incluindo finais de semana.

Neste mês dedicado à valorização e ao reconhecimento das mulheres, a Sala Lilás representa o papel fundamental entre as políticas públicas na proteção e no empoderamento das mulheres.

"A Sala Lilás, inaugurada em novembro de 2023, é uma grande conquista para Teresópolis, oferecendo atendimento especializado a pessoas vulneráveis, incluindo mulheres, crianças e adolescentes vítimas de violência", explicou Luiz Augusto Gonçalves Neves, diretor do Posto Regional de Polícia Técnico-Científica de Teresópolis (PRPTC-Teresópolis).

"Este espaço dentro do órgão pericial proporciona um ambiente confortável e acolhedor, onde as vítimas são atendidas por profissionais treinados e especializados, sendo a maioria mulheres. Isso evita a revitimização e as incentiva a realizar os exames periciais necessários para a investigação criminal, liderados pela Dra. Renata, chefe da 'Sala Lilás' e perita legista. Toda essa rede de acolhimento funciona em parceria com a prefeitura e a universidade local, fazendo com que as vítimas de violência se sintam seguras. A Sala Lilás abrange não apenas Teresópolis, mas também os municípios de Magé, Guapimirim, Sumidouro, Carmo e São José do Vale do Rio Preto. É uma conquista importante para toda a região", explica.

Em entrevista ao Correio, a médica legista do PRPTC-Teresópolis, Renata Carneiro, descreveu seu papel fundamental na realização dos exames de corpo de delito na Sala Lilás. "Realizamos exames de corpo de delito em mulheres, crianças e adolescentes até 17 anos, 11 meses e 29 dias, além da comunidade LGBTQIA . É um espaço diferenciado para acolher essas vítimas. No primeiro momento, uma enfermeira realiza o acolhimento da mulher, seguido do exame de corpo de delito. Após o exame, a vítima é encaminhada para uma psicóloga, que realiza o primeiro atendimento e, se necessário, encaminha para acompanhamento psicológico pela Secretaria da Mulher. Se houver necessidade de atendimento médico, a enfermeira encaminha para uma unidade de saúde. Essa é uma abordagem assistencialista, não apenas de perícia."

Desde sua inauguração, a Sala Lilás tem atendido uma média mensal de 80 pessoas. Renata enfatizou: "A Sala Lilás foi criada para oferecer um ambiente mais acolhedor, desviando as mulheres desse ambiente [de violência] e proporcionando um atendimento prioritário e especializado para elas e para as crianças. Muitas mulheres já chegam diretamente aqui, conhecendo a Sala Lilás. Elas se sentem acolhidas e até os outros profissionais reconhecem a importância desse espaço".

Renata concluiu com um apelo às vítimas de violência: "Vocês não estão sozinhas. O município de Teresópolis possui uma rede de suporte dedicada a oferecer apoio, independentemente da realização do exame de corpo de delito. Estamos aqui de braços abertos para orientar e acolher essas vítimas, garantindo um atendimento de qualidade e apoio integral". Para apoio e denúncias relacionadas a violência, entre em contato através do número 180.

*Estagiário

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