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Campanha Março Amarelo debate conscientização sobre a endometriose

Uma em cada 10 mulheres sofrem com a doença | Foto: Agência Brasil/Fabio Rodrigues pozzebom

Por Laís Lima*

O mês de março é dedicado à campanha do Março Amarelo, que visa promover a conscientização sobre a endometriose. A doença, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), atinge sete milhões de mulheres no Brasil e 190 milhões em todo o mundo. A iniciativa neste mês busca informar a população sobre os sintomas da doença, os impactos na qualidade de vida e como preveni-la.

Segundo a Associação Brasileira de Endometriose, estima -se que a doença afeta uma em cada 10 mulheres em idade fértil, cerca de 10% a 15% delas são acometidas pela doença em idade reprodutiva, e destas, 30% têm chance de ficarem inférteis.

Normalmente, as mulheres buscam atendimento quando não conseguem engravidar, o que pode ser causado pela endometriose. Contudo, outros sinais devem servir de alerta como cólicas fortes que afetam a rotina, dor nas relações sexuais e durante o período menstrual, dor e sangramento ao urinar e evacuar.

O diagnóstico precoce contribui muito para o tratamento. Por outro lado, a doença apresenta sintomas parecidos com os da menstruação, o que torna mais difícil para a paciente identificá-la. Sem tratamento adequado, a doença pode se agravar, causando o que é chamado de endometriose profunda, deixando a mulher incapaz de ter uma rotina normal.

A fisiologia da Endometriose envolve a presença de um tecido que reveste internamente o útero, esse focos podem se desenvolver em várias áreas do corpo, incluindo trompas, intestino, bexiga, pulmão e diafragma.

O tratamento da doença passou por mudanças significativas ao longo do tempo, antigamente o foco era exclusivamente cirúrgico, mas hoje existem diversas opções, desde dispositivos intrauterinos (DIU) e terapias hormonais até tratamentos cirúrgicos, dependendo do grau e do comprometimento da condição.

Hoje, o tratamento pode ser também multidisciplinar, incorporando não apenas a suspensão da menstruação, mas também a atenção à inflamação através da alimentação e do exercício físico. Por isso é importante fazer visitas regulares a um especialista para acompanhar a condição e sua evolução.

*Estagiária

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