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Chuva volta a provocar alagamentos em Terê

Rua Rosa Wener ficou completamente alagada durante a chuva do fim de semana | Foto: Redes Sociais/Reprodução

Por Vinicius Barros*

As intensas chuvas que ocorreram em Teresópolis no último fim de semana desencadearam uma série de eventos que exigiram uma resposta rápida da Defesa Civil. Deslizamentos de terra, alagamentos e quedas de muros foram alguns dos problemas enfrentados pela cidade diante das adversidades climáticas.

No último sábado (16), a Defesa Civil registrou seis ocorrências decorrentes das chuvas intensas. Uma inspeção minuciosa foi realizada em uma construção de alvenaria no bairro Corta Vento, na Rua Carmélio dos Santos Couto. Além disso, o bairro Meudon foi atingido por uma enxurrada de lama na Rua Potiguares, e um deslizamento de terra próximo ao KM 84 da Estrada Rio Bahia, no Vale da Revolta, resultou no desalojamento de duas pessoas. Também foram reportadas quedas de muros nas proximidades da Rua Maracajés, no Meudon, e na Rua José Flores Dias, no Vale da Revolta, além de um rompimento de fiação na Servidão Maria Rosa de Lima, no Pimentel.

Os índices pluviométricos em uma hora foram particularmente altos em várias localidades: Vargem Grande: 19.6mm, São Pedro: 16.1mm, Parnaso: 13.6mm, Meudon: 78.7mm, Vale da Revolta: 65.4mm, Rosário: 62.4mm e Barroso: 45.4mm. Houve pontos de alagamento em áreas críticas, como as ruas Tenente Luiz Meirelles, São Pedro, Bom Retiro e Araras. As sirenes foram acionadas em locais vulneráveis como Perpétuo, Rosário e Vale da Revolta.

No domingo (17/03), a Defesa Civil registrou mais uma ocorrência: um deslizamento de terra na Rua Josias Antônio de Souza, no Jardim Meudon. Os maiores valores pluviométricos em uma hora foram registrados em Rosário: 22.2mm, Barroso: 21.6mm, Parnaso: 13.6mm e Quinta do Paraíso: 12.8mm. Alagamentos ocorreram em locais como Av. Alberto Torres - Alto, Rua Carmela Dutra, Agriões, Rua Feliciano Sodré, Várzea, Rua Delfim Moreira, Vale do Paraíso, Rua Coronel Antônio Santiago, Agriões e Rua Rosa Werner, Bom Retiro.

Moradores compartilharam nas redes sociais fotos e vídeos dos alagamentos, expressando preocupação e indignação diante da falta de escoamento nas ruas. A Prefeitura de Teresópolis enfatiza que a manutenção dos sistemas de drenagem é uma atividade regular realizada pelas equipes das secretarias de Obras e Serviços Públicos, tanto na área urbana quanto na rural, e pela Secretaria de Agricultura. No entanto, após fortes chuvas, essas estruturas são frequentemente obstruídas por detritos arrastados pela correnteza, o que pode resultar no transbordamento do Rio Paquequer em determinadas áreas. Materiais como pedaços de madeira, vegetação e terra, entre outros, acabam por entupir os bueiros e ralos, além de romper galerias pluviais, causando alagamentos nas vias públicas.

No estado do RJ

A situação das chuvas no estado do Rio de Janeiro tem sido preocupante, com impactos significativos na vida de mais de 230 mil pessoas durante o período de 05 de fevereiro a 06 de março. Segundo levantamento da Secretaria de Estado de Saúde (SES-RJ), nove óbitos foram registrados e 21 unidades públicas de saúde foram afetadas em diversos municípios.

As chuvas também trouxeram preocupações adicionais com a saúde pública, como o aumento no número de casos de doenças transmitidas pela água contaminada, incluindo leptospirose e doenças diarreicas. Essas condições, aliadas ao cenário epidêmico da dengue, aumentam a urgência de medidas preventivas e de intervenção médica adequada.

Os dados do Governo do Estado revelam que 23 municípios foram impactados em 36 eventos no período analisado, com as regiões Centro Sul, Metropolitana I e Médio Paraíba sendo as mais afetadas. Entre os municípios atingidos estão Barra do Piraí, Engenheiro Paulo de Frontin, Teresópolis, Resende, Vassouras, Japeri, Nova Iguaçu e Magé, entre outros.

Em um esforço conjunto entre o governo estadual e os municípios afetados, medidas estão sendo tomadas para minimizar os impactos das chuvas e garantir a segurança e o bem-estar da população. No entanto, diante dos desafios contínuos trazidos pelas condições climáticas extremas, a vigilância e a prontidão permanecem essenciais para enfrentar futuros eventos adversos.

Estagiário*

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