Por: Isabella Rodrigues*

Sagui-da-serra-escuro é flagrado no Parque Estadual dos Três Picos

Sagui-da-serra-escuro foi avistado no Parque Três Picos | Foto: Juran Santos

No último dia 19, segunda-feira, um sagui-da-serra-escuro foi encontrado por meio de registros fotográficos do projeto Aventura Animal, no Parque Estadual dos Três Picos (PETP), em Nova Friburgo. As fotos foram uma surpresa, tiradas por câmeras trap (armadilhas fotográficas), que normalmente são espalhadas ao longo de trilhas e ficam em uma altura de cinquenta centímetros. É muito raro o encontro dessa espécie no chão, já que vivem no topo de árvores espalhadas pelo parque.

Registros de animais em extinção são de extrema importância para o cuidado, divulgação e reconhecimento da espécie. Também é válido lembrar que, por lei municipal nº 4.571/2017, o sagui-da-serra-escuro é considerado patrimônio da biodiversidade de Nova Friburgo, tendo o dia 17 de junho como data de celebração da espécie.

"Há uma preocupação maior em preservar a área que a espécie em extinção foi encontrada, é feito um trabalho de pesquisa para a proteção desses animais. Contando a quantidade de indivíduos que têm, se são híbridos ou se são puros, e tentando fazer um trabalho de manejo no sentido de castrar as espécies invasoras, para que o sagui-da-serra-escuro possa permanecer. Pelo que entendemos do sagui-da-serra-escuro, se não for feito um trabalho muito pesado de preservação, provavelmente esse animal será extinto daqui a uns 30 ou 40 anos", diz Juran Santos, fotógrafo e responsável pelo projeto.

A imagem do animal foi registrada na conferência de câmera da iniciativa. O registro do Sagui foi feito no dia 19 de fevereiro, dentro da unidade de conservação administrada pelo Instituto Estadual do Ambiente (Inea).

Sobre o projeto

A ideia é uma iniciativa do fotógrafo Juran Santos, que trabalha há mais de 10 anos com monitoramento, e criou o projeto há seis anos, com o objetivo de documentar a vida no bioma da Mata Atlântica, conscientizando sobre a preservação ambiental.

Atualmente o projeto conta com 240 câmeras espalhadas na mata, indo da reserva ecológica de Guapiaçu até Santa Maria Madalena. O projeto sobrevive com dificuldades, sem patrocínio, contando com a ajuda de colaboradores.

*Estagiária 

 

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