A escrita é capaz de expressar sentimentos e pensamentos, ela está presente em diversas linhas artísticas. Através dela é possível refinar as emoções e a sensibilidade perante a vida. O escritor é a pessoa que utiliza as palavras para comunicar, expressar e passar para o leitor suas ideias e visão de determinadas histórias, tanto fictícias, que ganham vida na produção, quanto verdadeiras, baseadas em fatos reais, narradas por eles. Pensando na riqueza de contar histórias, a escritora, jornalista e pesquisadora, Carolina Freitas, vai lançar o seu segundo livro, baseado no comércio antigo de Petrópolis, chamado "Petrópolis: o comércio de ontem, a saudade de hoje". O evento de lançamento é aberto ao público e acontece no dia 30 de setembro, a partir de 17h30, no auditório do Colégio Vicentino Santa Isabel.
Carolina Freitas conta que vem se dedicando ao resgate da memória petropolitana a partir da realização de projetos que valorizam as vivências e boas recordações dos moradores, e que começou a escrever sobre o comércio tradicional da cidade Imperial, em 2018, em uma coluna semanal, no Jornal Tribuna de Petrópolis. As reportagens eram publicadas semanalmente e, desde as primeiras publicações, foi muito bem aceita pelo público. Em 2019, a série foi premiada pela Academia Petropolitana de Letras, na Categoria Comunicação, e logo após esse feito, Carolina foi convidada pelo professor Paulo César dos Santos, historiador e escritor, a publicar seu primeiro livro como parte de uma coleção em homenagem à falecida esposa dele, Cármen Lúcia Carlos. E foi assim que em janeiro de 2020 nasceu o 1º volume de "Petrópolis: o comércio de ontem, a saudade de hoje".
A escritora fala um pouco sobre sua trajetória até a iniciativa de escrever o livro. "Escrevi para o jornal sobre essa mesma temática ao longo de 2 anos. Ao final desse período, eu já havia produzido mais de 130 matérias, então o que não faltava era conteúdo! As reportagens são pautadas por boas histórias e relatos com os quais o público consegue se identificar, daí surgiu o interesse em torno do livro.", disse Carolina. Quando publicou o primeiro volume, no primeiro ano da pandemia de covid-19, a jornalista declarou que recebeu muitos relatos de leitores, que encontraram na obra um lugar de refúgio.
Na época, Carolina Freitas recebeu destaque pelo projeto em dois importantes prêmios: o Alcindo Roberto Gomes de Jornalismo, pela Academia Petropolitana de Letras, e o Maestro Guerra-Peixe de Cultura, na categoria Comunicação. Atualmente Carolina ocupa a Cadeira 14 da Academia Petropolitana de Letras sendo a mais jovem integrante a fazer parte da instituição desde a sua fundação.
Sobre o segundo volume da obra a escritora espera que o público possa embarcar em novos capítulos dessa viagem de volta ao comércio, à vida e à cultura de Petrópolis antigamente, além de se reconectarem com boas recordações. "É gratificante saber que revisitar lembranças relacionadas ao comércio é também uma maneira dos petropolitanos se reconectarem à hábitos do passado, momentos marcantes da infância e juventude, além de muitas vezes poderem também relembrar seus primeiros empregos e familiares que já se foram", diz a autora.
*Estagiária