Por Leandra Lima*
Mesmo após fiscalização do Instituto Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) feita em setembro deste ano, o Palácio de Cristal continua com problemas na manutenção do espaço, o piso do jardim e as calçadas em torno precisam ser restaurados. O Correio Petropolitano fez uma matéria há cerca de um mês sobre o assunto e também constatou as irregularidades. De lá para cá, apenas um vidro quebrado foi consertado.
O piso fulget instaurado nos jardins do palácio possui rachaduras, buracos e coloração diferenciada em diversos pontos. O piso tátil que assegura a acessibilidade das pessoas com deficiência visual também se encontra quebrado e rachado. As calçadas em volta do local estão todas em estado precário, cheias de buracos, inclusive na porta de entrada do Palácio de Cristal.
De acordo com o IPHAN, o piso fulget apresentou irregularidades desde a sua colocação. Na vistoria realizada pelo o instituto, ficou comprovado que havia diversos pontos de desagregação das pedras que compõem o piso e coloração diferenciada. O órgão informou que encaminhou um ofício relatando a situação à Prefeitura Municipal, e mencionou que até o presente momento o município ainda está providenciando a resposta ao ofício do Instituto, mas já está realizando a cotação do serviço para aplicação de resina em toda área do piso fulget, visando agregar o material que o compõe e igualar a tonalidade da cor, assim como haverá recomposição de pedras onde estiver faltando, por conta da desagregação.
Obstruções em vias e calçadas é um problema recorrente em Petrópolis. Chen Li Cheng que é deficiente físico e cadeirante convive com isso diariamente. "Os buracos atrapalham a movimentação das pessoas e demonstra a falta de acessibilidade pública na cidade. Essa questão é uma pauta a ser levantada, pois a falta dela, faz com que pessoas com deficiência e baixa mobilidade deixem de exercer seus direitos de ir e vir como qualquer cidadão. Por conta disto é necessário que os órgãos públicos da cidade pensem em políticas públicas voltadas para a mobilidade urbana.", relata Chen Li.
Procurada, a Prefeitura não respondeu até o fechamento desta edição.
*Estagiária