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Vereadora presta solidariedade à Gilda

Vereadoras Gilda Beatriz e Julia Casamasso | Foto: Divulgação

O contraditório faz parte das regras editoriais do grupo Correio da Manhã e, por isso, sempre publicamos na íntegra todos os lados dos fatos. A vereadora de Petrópolis Júlia Casamasso, representante da Coletiva Feminista Popular e presidente da Comissão dos Direitos da Mulher, enviou ao jornal um pedido de direito de resposta a uma nota publicada na coluna Petropolitanas na edição do dia 09 de outubro de 2023 e a matéria "PSD vai discutir denúncia", publicada neste mesmo dia. Cabe a nós destacar que, no exercício do bom ofício do jornalismo, antes das publicações citadas fizemos contato com a assessoria de comunicação da vereadora, solicitando um posicionamento e não fomos respondidos. Segue nota:

Nota ao Jornal Correio petropolitano

A vereadora Júlia Casamasso, representante da Coletiva Feminista Popular e presidente da Comissão dos Direitos da Mulher, primeiramente, gostaria de informar ao Jornal que está em diálogo com o gabinete da vereadora Gilda Beatriz, em busca de pensar e construir protocolos a partir da Comissão de Direitos da Mulher como estratégia para prevenir e dar tratamento aos casos de violência contra mulheres que podem vir a acontecer na Câmara de Vereadores. "Infelizmente, a tendência da sociedade é fomentar a rivalidade feminina, tão alimentada por muitos, mas nós estamos lá dentro para nos fortalecer e para termos mais mulheres na próxima legislatura", enfatiza Júlia.

Além disso, no mesmo dia, em sessão plenária, conforme registrado na transmissão da TV Câmara, a vereadora Júlia fez quase dois minutos de fala solidária, imediatamente após a leitura da carta de renúncia e denúncia sobre violência política contra a mulher realizada pela colega vereadora Gilda Beatriz, no dia 04 de outubro de 2023. Diferentemente do que foi noticiado na Coluna Petropolitanas deste jornal, sob o título "Feminismo Seletivo", com data de 09 de outubro de 2023, cuja redação relata "que a denúncia da vereadora Gilda não recebeu qualquer tipo de apoio ou posicionamento por parte da Comissão de Direitos da Mulher, presidida também por uma mulher, a vereadora Júlia Casamasso (Psol)", sendo que em outra matéria na mesma página, entra em contradição, resumindo o posicionamento da vereadora Júlia a "pouco se manifestou", a vereadora Júlia Casamasso se posicionou e acolheu a colega Gilda no particular e em sessão plenária, ressaltando vários aspectos sobre o machismo estrutural da sociedade e o quanto é difícil ser mulher na política. Segue a fala da vereadora Júlia na íntegra:

"Quero aqui prestar toda minha solidariedade à vereadora Gilda. Realmente, por exemplos, pelo que foi relatado pela vereadora, a gente vê a dificuldade de ser mulher na política. Por isso, que somos tão poucas. Por isso, que é tão difícil que as mulheres queiram se organizar politicamente. Queiram ser candidatas. Queiram estar aqui nesse ambiente e por mais que individualmente os caros colegas não tenham a intenção de reproduzir o machismo, a gente tá em uma sociedade estruturalmente machista. A gente acaba reproduzindo isso o tempo todo. Se a gente não tiver muita capacidade de refletir, de pensar a respeito para evitar que esse tipo de situação como foi relatado pela vereadora aconteça. Eu, a Coletiva Feminista Popular, estamos prestando nossa solidariedade. Estamos juntas nessa batalha, vereadora. Que você consiga ser ouvida e que os fatos sejam apurados porque tudo que foi relatado é realmente muito grave e precisa ser apurado", finalizou.

 

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