Com a eleição de Mauro Peralta (PRTB) para a mesa diretora, a Câmara Municipal de Petrópolis não terá mais representantes mulheres na direção da Casa. A mudança ocorreu após a saída de Gilda Beatriz (PSD), com denúncias de violência de gênero, que teriam partido do vereador Júnior Coruja (PSD), presidente do parlamento municipal.
A votação foi realizada na sessão desta quarta-feira (11). Ao todo, foram nove votos para Peralta, quatro para a vereadora Júlia Casamasso (PSOL), uma abstenção e uma ausência. Como adiantou o Correio Petropolitano logo após a saída de Gilda, havia um acordo entre os vereadores para eleger Peralta. Ainda assim, Casamasso tentou a eleição, mas obteve apoio apenas de Gil Magno (DC), Léo França (PSB) e Coruja. Nos bastidores, o que se diz é que houve uma tentativa do governo em eleger a vereadora do PSOL. Octávio Sampaio (União) optou pela abstenção e Dudu (MDB) não estava presente.
Casamasso tentou abordar a denúncia feita por Gilda. Disse que, se eleita, iria apurar as denúncias e avançar com um protocolo contra a violência política. Foi a manifestação mais contundente em apoio a vereadora do PSD desde que o caso veio a público.
Durante a sessão, tocando no assunto pela primeira vez, Júnior Coruja também utilizou sua fala para se defender. Disse que votou em Gilda na eleição da mesa em janeiro de 2021. Ainda afirmou que, na composição política para os cargos atuais, pediu que a primeira secretaria ficasse com uma mulher. E, ainda, destacou que tem uma mulher como coordenadora de gabinete, e que trabalha com ele há três anos."Vou continuar trabalhando. Não tenho dúvidas que o povo sabe do meu caráter e da minha pessoa", disse.