Com a chegada da primavera, Petrópolis, Teresópolis e Nova Friburgo começam a se preparar para o período chuvoso. Nesta terça-feira (03), o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) informou ao Correio Petropolitano que, até dezembro, as chuvas devem ficar dentro ou acima da média, com volumes previstos acima de 400mm, considerando todo o trimestre. As maiores intensidades devem chegar a partir de novembro.
O agrometeorologista do Inmet, Cleverson Freitas, explica que os sistemas meteorológicos já característicos da região canalizam a umidade da Amazônia. "Estes sistemas incluem a canalização de umidade proveniente da Amazônia, com a formação da Zona de Convergência do Atlântico Sul (ZCAS), a passagem de sistemas frontais e a convecção local, impulsionada pelo calor e umidade", informou.
"Além disso, embora o fenômeno climático El Niño não exerça um impacto direto significativo na Região Sudeste do país, sua persistência em intensidade forte pode potencialmente intensificar as chuvas na região", completou Freitas.
O período chuvoso é sempre carregado de preocupação na região. Os municípios foram atingidos pela maior tragédia climática do Brasil em 2011, quando mais de 900 pessoas morreram. A maior parte das vítimas estavam em Petrópolis, Teresópolis e Nova Friburgo.
Petrópolis
Em Petrópolis, a Prefeitura fará uma licitação, na sexta-feira (06), para registro de preço de eventual e futura aquisição de materiais em situações de emergência ou calamidade pública. O objetivo é prover insumos para os abrigos temporários, voltados para higiene e limpeza, além de equipamentos de proteção individual, cobertores e colchonetes. Vereadores também vistoriam as condições dos locais para eventuais atendimentos.
O último Plano Municipal de Redução de Riscos (PMRR) aponta que a Cidade Imperial tem 27.704 moradias em áreas de risco. No ano passado, o município foi castigado pelas maiores chuvas de sua história, com mais de 240 mortes, após 11 anos da maior tragédia climática do Brasil.
A Prefeitura disse que realiza diversas ações preventivas, preparatórias e mitigatórias, como as 160 obras iniciadas após as chuvas de 2022. A revisão do Plano Verão já está em andamento e a previsão para veiculação do material é no período que antecede a estação.
A sociedade também tem passado por capacitações de como agir em situações de emergência. A Defesa Civil disse que trabalha em parceria institucional com órgãos estaduais e federais, além de diálogos com o Ministério Público Federal para reduzir os riscos de desastres.
Nova Friburgo
Em Nova Friburgo, são cerca de 30 mil pessoas morando em áreas suscetíveis a eventos climáticos, segundo a Defesa Civil do município. A prefeitura trabalha com monitoramentos e alertas para estes moradores, por meio de sirenes. Ao longo do ano, foram realizados simulados para a preparação das comunidades.
O município trabalha ainda com o Plano de Contingência, atualizado anualmente. Nele, são definidas as matrizes de responsabilidade de cada órgão. Desta forma, de acordo com a Prefeitura, as decisões são mais céleres e eficazes.
Teresópolis
Em Teresópolis, a Defesa Civil informou que utilizou o período de preparação para o verão para realizar a manutenção dos sistemas de Alerta e Alarme, sirenes e pluviômetros. O município também informou que fez a revisão das áreas de risco e aprimoramento dos protocolos de atendimento via 199.