Os pesquisadores Carlos Emanuel de Souza e Marcelo Dutra Fragoso do Laboratório Nacional de Computação Científica (LNCC), em Petrópolis, estão na lista dos cientistas mais influentes do mundo. O também pesquisador do LNCC, Renato Portugal, está na lista dos cientistas que tiveram mais citações dos trabalhos em 2022. A lista é elaborada anualmente pelo professor John P. A. Ioannidis com pesquisadores da Universidade Stanford, nos Estados Unidos, e classifica os cientistas em suas respectivas áreas de atuação. A quinta edição da "Updated science-wide author databases of standardized citation indicators" foi publicada recentemente pela Elsevier, a maior editora científica do mundo.
Segundo informações divulgadas pela Folha de S.Paulo, o Brasil tem 1.294 pesquisadores no ranking dos cientistas mais influentes do mundo no ano de 2022, quadriplicando o número registrado em 2017 (342). No ranking global, o país ocupa a posição 25ª. Dentre os brasileiros presentes na lista, dois deles integram a equipe do Laboratório Nacional de Computação Científica (LNCC) de Petrópolis. São eles: Carlos Emanuel de Souza e Marcelo Dutra Fragoso.
A avaliação da influência dos cientistas leva em conta um índice chamado c-score, que consiste em um cálculo a partir de seis parâmetros (como índice H de citação; índice Hm de citação em coautoria; e número de artigos com citação como autor único, primeiro autor ou último autor), retirados do Scopus, considerado o maior banco de dados de resumos e citações de artigos e revistas científicas, com mais de 35 mil títulos.
O valor final permite analisar de maneira padronizada o impacto do cientista, em vez de considerar simplesmente o número de citações, explica o autor. Ele ainda divide a avaliação por 22 áreas e 174 subáreas do conhecimento, incluindo ciência, tecnologia, medicina, ciências sociais, artes e humanidades.
Helena Nader, presidente da Academia Brasileira de Ciências (ABC), diz que é notável a evolução dos cientistas brasileiros na lista dos mais influentes do mundo, especialmente considerando a situação dos últimos quatro anos. "É muito relevante que a gente tenha alcançado quase 1.300 cientistas na lista dos mais influentes do mundo, apesar da miséria que a ciência nacional passou. Isso nos faz lembrar como as conquistas da ciência nacional não são absolutas", avalia.
Na lista de cientistas com mais citações dos trabalhos, o pesquisador Renato Portugal, também do LNCC, apareceu ocupando a posição de 171.500º, com 153 citações e 38 artigos. Nesta mesma lista, o Carlos Emanuel de Souza também apareceu, ocupando a 136.494º posição, com 271 citações e 60 artigos.
*Estagiário, com informações da Folhapress