A Coordenadoria de Vigilância Ambiental de Petrópolis divulgou na última sexta-feira (20) a confirmação do primeiro caso de influenza aviária (IA) em uma ave migratória na cidade. A ave da espécie Trinta-Réis foi resgatada na sexta-feira (9) pelo presidente do Instituto São Francisco de Assis, Claudiomar Batista e direcionada ao Núcleo de Defesa Agropecuária da Secretaria Estadual de Agricultura, Pecuária, Pesca e Abastecimento (Seappa). Os testes de comprovação do vírus foram realizados pela Superintendência de Informações Estratégicas de Vigilância em Saúde do Estado do Rio de Janeiro. A transmissão da influenza para os humanos é rara.
Segundo a Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA), a influenza aviária é uma doença viral altamente contagiosa que afeta várias espécies de aves domésticas e silvestres e ocasionalmente pode afetar outros animais, como gatos, cães, cavalos, suínos e o humano. "Quando é identificado a influenza na ave é preciso isolá-la pois a proliferação do vírus pode ser letal e causar problemas tanto para o meio ambiente quanto para a população", disse Claudiomar Batista.
A Coordenadoria de Vigilância Epidemiológica do município de Petrópolis emitiu uma nota técnica onde esclareceu que as pessoas sob risco de serem infectadas pelo vírus da Influenza Aviária A (H5N1) são aquelas expostas direta ou indiretamente aos animais infectados vivos ou mortos, ou as que tiveram contato com ambientes contaminados. Assim, para evitar a transmissão zoonótica, recomenda-se o uso adequado de EPIs e outras medidas de proteção na manipulação desses animais.
O início dos sintomas em humanos aparece com Febre ou histórico dela e pelo menos um dos seguintes sintomas: tosse, falta de ar, dificuldade para respirar, rinorreia, cefaleia, mialgia, diarreia, com início nos últimos 10 dias de contato com o vírus, após esse período os sintomas podem agravar e gerar uma pneumonia aguda. Os indivíduos que tiveram contato próximo com um animal confirmado de infecção por influenza; exposição a animais ou seus restos mortais ou a ambientes contaminados por suas excretas em uma área onde houver suspeita ou confirmação de infecções não sazonal de influenza em animais ou humanos no último mês; ou consumo de produtos de origem animal crus ou mal cozidos em uma área onde houver suspeita ou confirmação de infecções por influenza em animais ou em humanos; contato com uma pessoa que é um caso suspeito, provável ou confirmado de influenza.
A Secretaria de Saúde informou que dada a identificação das pessoas expostas, recomenda-se o monitoramento da ocorrência de sintomas de Síndrome Gripal (SG) ou Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) por até 10 dias após a última exposição conhecida. Recomenda-se que essas pessoas adotem medidas de prevenção e controle não farmacológicas, tais como uso de máscaras, etiqueta respiratória e higiene adequada das mãos, além de evitar contato com pessoas vulneráveis, como crianças e pacientes imunossuprimidos.
*Estagiária