Há 70 anos, acontecia um fato que marcaria a história do país: o suicídio de Getúlio Dornelles Vargas. O que para muitos, pode vir a ser um ato heroico do então presidente, para outros, foi uma tacada de mestre, principalmente pela sua frase: "saio da vida, para entrar na História".
O dia 24 de agosto de 1954 é mais do que um momento de simbologia, como também de esperteza, que poucos o veem assim. Naquela época, Vargas sofria pressões de várias frentes políticas e da sociedade, como do exército, principalmente depois do seu anjo da guarda, Gregório Fortunnato, está no envolvimento da tentativa de assassinato a Carlos Lacerda, Os militares estavam o pressionando a renunciar e eles assumirem o comando o país.
Com o seu suicídio, o golpe militar foi adiado, pela ironia da história, em apenas dez anos, com o Exército indo para a presidência em 1964.
Vargas pode ser uma figura controversa na história política do país, mas criou uma marca preponderante de governo: o trabalhismo.
*Historiador e Jornalista.
