Estandarte de Ouro é o mais antigo e importante prêmio extraoficial do carnaval do Rio de Janeiro, sendo conhecido como "Óscar do Samba" ou "Óscar do Carnaval". Criado em 1972, o prêmio é organizado e oferecido pelos Jornais O Globo e Extra à personalidades e segmentos que se destacaram nos desfiles das escolas de samba carioca ao longo desses 52 anos.
Nosso entrevistado, o mestre-sala Phelipe Lemos, conquistou pela quinta vez o tradicional prêmio da imprensa brasileira no Carnaval.
Sua história começa a ser escrita como mestre-sala mirim aos 8 anos na Acadêmicos do Cubango. Passou pela Porto da Pedra e pela escola mirim, Golfinhos da Guanabara. Em 2005, desfilou como terceiro mestre sala na Alegria da Zona Sul, ficando na escola até o carnaval de 2007. Em 2008 venceu o concurso para segundo mestre-sala da Unidos de Vila Isabel, escola que permaneceu até assumir o primeiro pavilhão da Imperatriz Leopoldinense em 2011, desfile que o premiou como "Revelação do Carnaval", pelo prêmio Estrela do Carnaval.
Em Petrópolis, Phelipe Lemos ficou conhecido por desfilar na GRES Mirim Imperial por 10 anos, de 2001 a 2012, a convite do presidente da agremiação Ivo Mendes da Silva, o Mestre Ivo. (Por conta das tragédias 2011 não houve carnaval em Petrópolis). Fazem 12 anos que não tem desfiles na cidade, 2012 foi o último ano.
Como primeiro mestre-sala, ao lado de Rafaela Theodoro, defendeu a escola de Ramos até o carnaval de 2015. Lá ganhou seus dois primeiros Estandartes de Ouro em 2013 e 2014. Em 2016, retorna a Vila Isabel, pra iniciar uma nova parceria, agora ao lado de Dandara Ventapane. Desse desfile, resulta no seu terceiro Estandarte como melhor mestre-sala do ano. Em 2017, junto com Dandara, iniciam trajetória na União da Ilha do Governador, que durou até o carnaval de 2020. No carnaval de 2019, conquista o quarto Estandarte. Em março de 2020, foi anunciado como novo mestre-sala da Tijuca. Oportunidade que iniciou a parceria com Denadir Garcia. Sua volta para Imperatriz se deu em 2022 para desfilar em 2023, ano que gabaritou o quesito e suas as notas foram imprescindíveis para a conquista do título da escola, consagrando a grande campeã do carnaval. Agora em 2024, Phelipe Lemos conquista seu quinto Estandarte de Ouro defendendo mais uma vez o pavilhão da Rainha de Ramos ao lado da também premiada porta-bandeira, Raphaela Teodoro.
Ao longo da carreira, Phelipe Lemos vem colecionando diversas premiações como Estrela do Carnaval SRZD, Carnaval Gato de Prata, Tupi Carnaval Total e Prêmio S@mba-Net, além do Estandarte de Ouro. (Fonte: Wikipédia)
VF- Como você descobriu o samba na sua vida?
Phelipe Lemos - Através dos meus pais que desfilavam na Cubango e me levava para os ensaios.
VF- Sempre sonhou em ser mestre-sala?
Phelipe Lemos - Eu gostava da brincadeira de dançar com a porta bandeira, depois foi rolando a vontade de ser um mestre sala de fato.
VF- Quem são ou foram suas principais referências?
Phelipe Lemos - Chiquinho e Claudinho são minhas referências.
Chiquinho era mestre-sala da Imperatriz e dançava com a mãe Maria Helena e Claudinho da Beija-flor.
VF- Como é sua preparação para o carnaval?
Phelipe Lemos - A gente tem uma preparação intensiva com ajuda de Personal e nutricionistas, fora a coordenação da coreografia de Ana Botafogo.
VF- Você desfilou em Petrópolis, fez muitos amigos aqui?
Phelipe Lemos - Sim. Tenho uma carinho gigantesco por essa terra e pela pessoas que tive a oportunidade de conhecer aí, Mestre Ivo é um grande responsável por isso.
VF- imagino que a tensão durante os desfiles seja muito grande. O peso da responsabilidade, sendo o menor contingente para notas no quesito (mestre-sala e porta bandeira). Neste caso, a experiência adquirida ao longo dos anos de carreira te trás alguma segurança, alguma certeza? Ou cada desfile é único?
Phelipe Lemos - Cada desfile é único. São desafios diferentes, sensações diferentes. O que não muda é o amor e a dedicação.
VF- Phelipe Lemos x Phelipe Lemos
Phelipe Lemos - Um cara apaixonado por carnaval que não mede a esforços pra ser feliz.