Mais de 1,5 mil pessoas vivem com HIV em Petrópolis
Por Yasmim Grijó
Segundo dados da Secretaria Municipal de Saúde, Petrópolis possui cerca de 1,5 mil pessoas vivendo com HIV, um vírus que ataca o sistema imunológico, que é o responsável por defender o organismo de doenças.
Informações dos Indicadores e Dados Básicos do HIV/AIDS nos Municípios Brasileiros (DAITH), mostram que em 2023, 46 pessoas foram diagnosticadas com o vírus na cidade, sendo (31 homens e 15 mulheres). Um número inferior na comparação com o início da última década: em 2011, foram 82 diagnósticos; em 2012, foram 70.
PrEP
Por muitas vezes ser um assunto tratado como tabu, poucas pessoas sabem que existe um medicamento que previne o vírus, e que está disponível gratuitamente pelo SUS, a Profixalia Pré-Exposição, também chamada de PrEP.
De acordo com o departamento de HIV/AIDS do Ministério da Saúde, a PrPE é, atualmente, uma das principais formas de prevenir o vírus. O método é a combinação de dois medicamentos (tenofovir emtricitabina), tomados antes da relação sexual, que atuam bloqueando alguns "caminhos" que o HIV usa para infectar o organismo.
O Ministério da Saúde ressalta que a PrEP só tem efeito protetor se o medicamento for tomado conforme a orientação de um profissional de saúde. Caso contrário, pode haver concentração suficiente das substâncias ativas na corrente sanguínea para bloquear o vírus e a pessoa não estará protegida.
Onde buscar
De acordo com a lista dos espaços que oferecem o PrEP, divulgada pelo Departamento de HIV/AIDS, Petrópolis disponibiliza o medicamento na Secretaria Municipal de Saúde, na Rua Paulino Afonso, Bingen; SAE de Petrópolis, Rua Paulino Afonso, no Centro; Grupo Assistencial SOS VIDA, na Rua Alberto Torres; e no Programa Municipal de DST/AIDS e HEPATITES B E, na Rua Paulino Afonso.
Novo medicamento
Em março, a Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias ao Sistema Único de Saúde (Conitec) aprovou a incorporação do fostensavir trometamol 600mg à lista de antirretrovirais disponíveis no SUS. O tratamento será uma alternativa para pessoas adultas que vivem com HIV ou aids, mas apresentam multirresistência aos demais medicamentos oferecidos.
Para Draurio Barreira, diretor do Departamento de HIV/Aids, Tuberculose, Hepatites Virais e Infecções Sexualmente Transmissíveis (Dathi), a disponibilização desse medicamento converge com a agenda brasileira de eliminação da doença como problema de saúde pública, bem como aos determinantes sociais que impedem o acesso ao cuidado.