O dia 20 de fevereiro é conhecido como o dia nacional de combate às drogas e ao alcoolismo. Segundo a Organização Mundial da Saúde, a OMS, a dependência em drogas lícitas e ilícitas é considerada uma doença, que pode vir através de uma predisposição genética, mas também, outros fatores podem intervir, como ansiedade, angústia, insegurança, entre outros.
Em entrevista com a psicóloga Amanda Neves (@amandaneves.psi), a especialista falou sobre a importância de promover ações para o combate às drogas e sobre a escolha de uma data voltada para a causa.
"Acredito que seja importante ter um dia para pensar o uso de substâncias, sejam lícitas ou ilícitas. Não creio que funcione, na prática, um dia para combater a adicção, mas para pensar quando, como, porquê e como utiliza-se quais substâncias e em que quantidade. O meu trabalho prevê a redução de danos enquanto política, onde cada sujeito é visto de forma singular e não é marginalizado, mas acolhido", disse.
A doença, além de afetar o dependente químico, também afeta parentes e pessoas próximas. A psicóloga diz que percebe que a melhor forma de lidar com pessoas que desenvolvem adicção em qualquer substância, é o acolhimento. "Entender seus motivos e pensar junto com o sujeito e sua rede a melhor forma de reduzir os danos para sua vida quanto à substância consumida. Pode ser que a melhor saída seja a abstinência, pode ser que seja pensar em outras formas/frequência de utilização, enfim, existem inúmeras saídas possíveis que podem ser pensadas junto de profissionais de saúde e da rede de apoio do sujeito onde o interesse principal seja a qualidade de vida do mesmo".
Para a procura de ajuda, o Sistema Único de Saúde (SUS), disponibiliza os CAPSs, Centros de Atenção Psicossocial, com uma unidade voltada especialmente para esses casos. No local, além de psicólogos e psiquiatras, também é fornecido terapias alternativas para auxiliar no tratamento.
*Estagiária