Devido a previsão de chuvas intensas na região, a Secretaria de Saúde do Estado (SES-RJ) alertou sobre o possível aumento de casos de leptospirose, devido ao possível contato com a água e a lama contaminada. A orientação da SES-RJ aos municípios é que se intensifique o serviço de assistência aos pacientes. Além de alertar os cidadãos sobre a importância de procurar atenção médica até 30 dias de exposição.
Segundo a Secretaria, a leptospirose é causada por uma bactéria presente na urina do rato. Esse resíduo se espalha pela água suja e esgotos. Em meio às enchentes, as pessoas podem ter contato com a urina e a bactéria entra na pele com, ou sem, ferimento, fazendo com que se desenvolva o quadro. O período de incubação pode ser de até 30 dias após o contato, porém os sintomas costumam aparecer entre 5 a 14 dias do ocorrido.
Sintomas
O Ministério da Saúde dita como principais sintomas, febre, dor de cabeça, dores pelo corpo, principalmente nas panturrilhas, podendo também ocorrer vômitos, diarreia e tosse. Nas formas mais graves geralmente aparece icterícia (coloração amarelada da pele e dos olhos) e há a necessidade de cuidados especiais em caráter de internação hospitalar. O doente pode apresentar também hemorragias, meningite, insuficiência renal, hepática e respiratória, que podem levar à morte.
Orientação
A orientação da SES-RJ é que a população evite o contato com as áreas alagadas e com a lama proveniente das enchentes. Para os que trabalham na limpeza de lama, entulho e esgoto, esses devem usar botas e luvas de borracha para evitar o contato da pele com água e lama contaminadas, se caso isto não for possível, é recomendado usar sacos plásticos duplos amarrados nas mãos e nos pés. Outra indicação é retirar a lama e desinfetar o local, assim que as águas baixarem, deve-se lavar pisos, paredes e bancadas, desinfetando com água sanitária, na proporção de 2 xícaras de chá (400ml) desse produto para um balde de 20 litros de água, deixando agir por 15 minutos.
Para os profissionais de saúde, militares e equipes da Defesa Civil a orientação é usar equipamentos de proteção individual (EPI) em caso de resgates nas áreas alagadas. Esse grupo também fica responsável por ampliar o alerta para o risco da doença para que se permita o diagnóstico precoce e tratamento oportuno. Todos os casos devem ser notificados para que se tenha um controle.
