A cidade que é conhecida como refúgio de veraneio da família imperial, suas belezas naturais inigualáveis na Região Serrana do Rio de Janeiro e tradições germânicas, possui uma trajetória muito mais rica do que os livros de história nos contam. O município que, neste dia 16 de março, comemora seus 181 anos, foi construído por um povo resiliente que enfrentou tragédias socioambientais, pandemia de covid-19, mudanças políticas da monarquia à república, passando pela ditadura militar, governos democráticos, mas negligentes, e as constantes mudanças socioeconômicas do país. A Petrópolis que parabenizamos hoje é feita de pessoas, de petropolitanos que não desistem, acordam cedo, arregaçam as mangas e trabalham duro por um futuro melhor, o próprio e, consequentemente, da cidade.
Nesta edição especial, pelo aniversário de Petrópolis, contamos um pouco sobre a contribuição do povo negro para a construção da cidade, um patrimônio histórico-cultural que foi apagado dos livros de história. O Quilombo do Tapera é um forte exemplo da resistência da população petropolitana na ocupação de espaços que são seus por direito. Espaços construídos a partir do Plano Koeller, que hoje, dada a população de 278 mil pessoas, segundo dados do último Censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas, já não cabe mais à realidade.
A cidade cresceu e deixou para a nossa e para as próximas gerações o desafio de refazer a rota. Recalculando os riscos e observando as novas possibilidades para criar um ambiente democrático, com políticas públicas que garantam moradia segura e digna, acesso à saúde, educação, segurança, lazer e bem-estar. Políticas que garantam direito à cidade.
E quem melhor para apresentar a cidade senão os próprios petropolitanos. Pessoas que nasceram e cresceram aqui, ou quem, por amor e destino, escolheu Petrópolis para construir a vida. São pessoas por quem cruzamos diariamente na "Avenida", tivemos lições na escola, fizemos uma refeição no mais famoso "PF" da cidade. Tipicamente petropolitanos que são os braços que fazem Petrópolis ser a cidade que é hoje.
Petrópolis continua sendo o destino de muitas pessoas de todos os cantos do estado. São inúmeros os visitantes que vem para a Cidade Imperial para aproveitar o Lago que fica à frente do Sesc Quintadinha, que aliás, o hotel tem seus espaços deslumbrantes que até hoje surpreende a todos que visitam. Há também aqueles que aproveitam o Natal para passear na Praça Liberdade, no coração da cidade e suas atividades de final de semana. Aliás, impossível falar de turismo e atividades de Petrópolis sem falar sobre a casa de Santos Dumont, bem ao lado da praça. Poder ver como pensava e agia o "Pai da Aviação", é sem dúvida uma das beneficies de estar em Petrópolis. Para finalizar, uma passada na Fábrica da Boêmia e na Rua Tereza é obrigatória para quem vem nos visitar.
Nós, do Correio Petropolitano, não escondemos o "orgulho de ser petropolitano". Um jornal que nasceu dessa afeição pela cidade e pelo comprometimento com o bom jornalismo. A comunicação é ferramenta de transformação social, e é com ela que buscamos contribuir para a história da cidade, contando o passo a passo e o dia a dia da cidade. Petrópolis teve sua importância no passado, tem sua importância no presente e trilha um futuro importante, não só para a cidade, mas para estado fluminense.