Na tarde da última quinta-feira (7), uma bebê de 6 meses foi esquecida por funcionários dentro do Centro Educacional Infantil (CEI) Irineu Marinho, em Corrêas, por cerca de 1 hora. A denúncia foi feita pela mãe da criança, Carol Pereira, que relatou o caso através das redes sociais. Ela conta que quando foi em direção ao CEI para buscar a filha, na hora da saída, uma educadora a encontrou no meio do caminho e disse que a bebê já tinha ido embora com mãe, Carol fala que na hora ficou desesperada, já que ela, a genitora, não tinha buscado a menina. Em meio às tentativas de encontrar a filha, Carol recebeu uma ligação dos responsáveis da unidade dizendo que era para ela voltar ao local, pois a bebê estava trancada dentro da creche. Após a denúncia viralizar nas redes sociais, a Prefeitura determinou a exoneração e afastamento imediato das servidoras envolvidas na denúncia de negligência. A Secretaria de Educação informou também que abriu um boletim de ocorrência na 105ª Delegacia de Polícia, que segue investigando o caso.
A mãe da criança conta que o horário de saída da creche e às 17h, ela relembra que no dia do ocorrido por volta das 16h30 ela estava presa no trânsito, vendo que poderia se atrasar, ligou para a instituição e avisou, chegando para buscar a filha foi surpreendida com a informação de que menina não estaria no local. "Cheguei na Praça de Corrêas às 16h45. Desci correndo e fui buscar minha filha, que saia às 17h. No meio do caminho encontrei com a educadora, que é responsável por entregar às crianças aos pais, nesse momento ela disse que minha filha não estava na creche e que ela já tinha ido embora com a mãe. Na hora eu fiquei desesperada porque ainda não tinha ido buscar", relatou.
Com a resposta dada pela educadora, Carol Pereira iniciou uma corrida para localizar a filha, na ação teve que voltar para casa para que tivesse acesso à internet e assim acionar todas as pessoas que tinham autorização para buscar a bebê, após contato foi constatado que nenhum deles tinham buscado a menina. Durante a procura, a mulher recebeu uma ligação da educadora que a orientou a voltar na unidade pois a criança se encontrava dentro da creche. "Chegando de volta no CEI, a diretora chegou desesperada abrindo o portão e minha filha estava lá sozinha, dormindo na creche. A sala estava muito quente, tudo fechado e a menina estava com uma coberta e de sapato", disse.
Ela conta ainda que havia 30 funcionários trabalhando no Centro Educacional Infantil no momento em que a filha foi esquecida em uma das salas. A bebê ficou em uma sala abafada por cerca de uma hora quando a mãe a pegou já eram cerca de 17h45, tendo em vista que a instituição fechou às 16h30. Carol fala que vai tomar as devidas providências para que algo parecido não aconteça com outra criança. "Graças a Deus minha filha está bem e não aconteceu nada com ela", expressou.
Investigação na Educação
Este é o segundo caso grave de negligência dentro de um Centro de Educação Infantil da rede municipal em Petrópolis. Em 2022, Maria Thereza Vitório Ribeiro, de 1 ano, morreu engasgada com um pedaço de maçã que consumiu no Centro de Educação Infantil Carolina Amorim, no Cascatinha. A menina morreu após ficar dois dias internada no Hospital Alcides Carneiro. Na época, após a investigação da Polícia Civil concluir que a causa da morte da menina foi asfixia por causa da maçã, a diretora da unidade e duas professoras chegaram a ser indiciadas por homicídio culposo, por negligência ao socorro da criança. As acusadas foram absorvidas pela Justiça, após concluir que não houve a intenção de matá-la.
