Íris Lettieri, a icônica "voz do Galeão", faleceu aos 84 anos na última semana. Com seu timbre inconfundível, a locutora do Aeroporto Internacional do Rio de Janeiro informou, orientou e confortou gerações de passageiros, tornando-se parte da memória afetiva de quem embarcou ou desembarcou no Tom Jobim nas últimas quatro décadas.

Ela se tornou referência na comunicação aeroportuária e sua voz se espalhou por outros terminais brasileiros, como Congonhas, Guarulhos, Foz do Iguaçu e Manaus. Íris também fez história no jornalismo ao ser a primeira mulher a atuar como locutora de telejornais no país.

Ao longo de sua trajetória, recebeu diversos prêmios, como o de Personalidade Aeroportuária da Infraero, em 1995, e o selo de qualidade Abrajet-Rio.

O seu silêncio agora revela a real dimensão de uma comunicação doce e humana, capaz de se tornar patrimônio afetivo e cultural do Rio de Janeiro e da aviação nacional.

A queda de braço entre Lula e o presidente do União Brasil, Antonio Rueda respingou diretamente no ministro do Turismo, Celso Sabino. O impasse entre o Palácio do Planalto e o partido gerou uma pressão insustentável que abreviou os planos do titular da pasta do turismo, que pretendia ficar no cargo até abril de 2026 para disputar uma cadeira no Senado, onde aparece bem posicionado nas pesquisas no Pará. No xadrez político de Brasília, Celso Sabino acabou virando a peça sacrificada da legenda. Sabino deve deixar o cargo apesar dos números positivos do turismo, que elevaram o grau de relevância da pasta na Esplanada dos Ministérios.

A última cartada para Celso Sabino permanecer no ministério seria uma mudança abrupta de partido. Além dos ótimos resultados apresentados pelo setor de turismo em sua gestão, a principal motivação de Sabino para se manter como titular da pasta é a realização da Conferência do Clima da ONU, que ocorrerá justamente na sua terra natal, Belém, no Pará. Fazer parte da cúpula de comando de um evento internacional dessa magnitude e relevância pode potencializar a imagem de Sabino no seu estado e contribuir para a sua já promissora campanha para o Senado nas próximas eleições.

O governo exibiu em Belém o primeiro balanço da atuação da força-tarefa, organizada pelo Ministério do Turismo, para preparação da COP30. No momento, são 61 países confirmados no evento e outros 33 em negociação. O discurso é de cooperação e sustentabilidade, mas o tempo é curto. Logística, hospedagem e infraestrutura seguem como entraves evidentes para as demandas de um total de 196 delegações da ONU. A vitrine internacional promete ser grandiosa, mas sem soluções concretas, o Brasil corre o risco de receber grande parte do mundo sem estar pronto para isso.

A queda de 3,1% em agosto no Índice de Confiança do Empresário do Comércio, da Confederação Nacional de Comércio de Bens Serviços e Turismo, expõe a fragilidade do ambiente econômico. O recuo atinge tanto bens duráveis (-8,8% no ano) quanto essenciais (-4,6%) e sinaliza que a cautela já contamina toda a cadeia. Com juros altos e incertezas, empresários cortam investimentos e contratações. O turismo é uma atividade impulsionada pelo consumo. Apesar do bom momento do setor, o alerta é claro: sem confiança, não há expansão.

A CNC lançou uma nova versão do Painel Vai Turismo - Inteligência Competitiva, que amplia a análise e os comparativos regionais do setor. O movimento já mobilizou 1,8 mil profissionais de 30 instituições e reúne hoje 1,3 mil projetos, somando R$ 46 bilhões. A plataforma foi remodelada e traz um ambiente integrado com as metas do Plano Nacional de Turismo, dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável e do programa Destinos Inteligentes, oferecendo relatórios sobre mobilidade, sustentabilidade e infraestrutura para apoiar a gestão.