Política Industrial

A crise da gripe aviária em uma granja do Rio Grande do Sul e as graves consequências para a exportação de frangos para o exterior me parecem um alerta para uma fragilidade da nossa pauta de exportação: o medíocre desempenho do setor industrial brasileiro na balança comercial do país.

Por Sérgio Cabral*

O desempenho do setor industrial brasileiro na balança comercial do país é medíocre.

A crise da gripe aviária em uma granja do Rio Grande do Sul e as graves consequências para a exportação de frangos para o exterior me parecem um alerta para uma fragilidade da nossa pauta de exportação: o medíocre desempenho do setor industrial brasileiro na balança comercial do país. E o quanto dependemos de commodities para um superávit em nossa balança.

A Embraer, a WEG, a indústria automotiva e outros poucos setores são uma exceção. Não temos competitividade com os grandes players industriais do mundo.

As políticas industriais brasileiras sempre foram claudicantes. Nunca houve um planejamento de longo prazo, em que o país enxergue e escolha os setores industriais onde podemos nos destacar pela excelência. Não precisamos, até porquê impossível, nos tornarmos alemães, norte-americanos, chineses ou franceses. Mas podemos nos tornar sul coreanos, por exemplo. A Coreia do Sul dos anos 60 e 70 do século passado traçou sua estratégia industrial e, hoje, tem tecnologia industrial de ponta em diversos segmentos.

Para isso é necessário fortalecer cada vez mais o BNDES, o Banco do Brasil, a Caixa Econômica, as Agências de Fomento Estaduais, os bancos públicos estaduais, os bancos públicos regionais, o Sebrae, a CNI e suas regionais, enfim, o Brasil ter uma estratégia industrial e tecnológica para os próximos 30 anos.

Na agricultura já somos competitivos como poucas nações no mundo. Precisamos avançar e rápido na indústria e na tecnologia.

*Jornalista. Instagram: @sergiocabral_filho