Por: Sérgio Cabral*

"Houston, we have a problem"

Eleição oficial é no dia 5 de novembro | Foto: Pexels/ Aaron Kittredge

A escalada da guerra no Oriente Médio só faz crescer. A entrada do patrocinador do terror e do ódio a Israel, o Irã, aumentou a temperatura em grau assustador. Sua relevância econômica, comercial e bélica tem sustentação russa e chinesa, seus principais parceiros.

Wladimir Putin e Bashar al-Assad são aliados e os russos têm base na Síria. O presidente russo foi vital para o ditador sírio no enfrentamento aos sunitas alucinados do EI, o exército islâmico, patrocinados pela Arábia Saudita e os EUA, até verificar que eram alucinados sanguinários e que matavam sem piedade norte-americanos e ocidentais. Além de devastar patrimônios que contam os primeiros passos de nós, humanos.

Sunitas e xiitas se odeiam. Milhões de pessoas morreram ao longo da história pela luta hegemônica da região. Os radicais dos dois lados usam a fé do povo muçulmano e distorcem a interpretação do sagrado Alcorão para buscar a hegemonia de suas sociedades. Veja o Iêmen. Milhares de pessoas morrem enquanto o Irã e a Arábia Saudita, respectivamente líderes do bloco sunita e xiita, financiam os seus grupos radicais. O Iêmen só se unificou em 1990. O norte veio do Império Otomano e o Sul da colonização britânica. Habitam o país 30 milhões de seres humanos. Pouco se fala da matança diária por lá. Aliás, leitora e leitor, já reparou como a repercussão das tragédias no planeta tem pesos diferentes? 30 pessoas mortas nos EUA têm mais repercussão na mídia que 300 mortos no Iêmen ou na maior parte dos países do mundo. Assim é, infelizmente.

Pois bem, se Donald Trump vencer a eleição para presidente, a tensão vai ficar pior. Ama se relacionar com déspotas e tem desprezo pela democracia. Jogou contra todos os organismos internacionais do bloco democrático, como a OTAN. Desprezou o quanto pôde a Organização das Nações Unidas.

Por falar em ONU, após a eleição de Kamala Harris, assim seja!, será hora da presidente do país mais poderoso do planeta estimular e pressionar a entidade que une os países no mundo, criada para manter a paz e o fortalecimento da cidadania pós II Guerra Mundial, agir para frear Netanyahu, liquidar o Hamas e o Hezbolah, e dar um basta no que os dirigentes do Irã promovem de horror pelo mundo. Valorizar Israel como único país democrático e civilizado da região e salvar o povo árabe dos ditadores e autocratas que usam Deus para praticar o mal. Assim seja.

*Jornalista. Instagram: @sergiocabral_filho